Exportação de café do Brasil bate nove recorde de volume e receita em 2024
O Brasil, maior produtor e fornecedor mundial de café, exportou 50,4 milhões de sacas (de 60 quilogramas) de grão em 2024, um volume recorde de exportação de café, o que representa um aumento de 28,5% face aos números registados em 2023, com impulso dos embarques de grãos verdes arábicas e canéforas, segundo informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), esta quarta-feira.
O volume exportado em 2024 foi 12,8% superior ao de 2020, que era até agora o ano de recorde de exportações. Assim, as receitas de café também foram recorde em 2024, com 12,56 mil milhões USD, mais 55,4% do que em 2023 e 35,4% acima de 2022, até agora o ano com o maior volume de negócios.
O forte salto nas exportações foi impulsionado tanto pela redução da colheita de cereais em vários países devido a questões climáticas como pelos valores recorde do produto. "Grandes produtores como o Vietname e a Indonésia tiveram colheitas mais pequenas devido a condições climatéricas adversas. O Brasil, apesar de também ter feito uma colheita mais pequena, teve uma produção suficiente para cumprir os seus compromissos", explicou o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, citado em comunicado.
Acrescentou ainda que a escassez do produto fez com que os preços atingissem níveis históricos.
No ano passado, o Brasil exportou um recorde de 36,9 milhões de sacas de café arábica e 9,4 milhões de sacas de café robusta, além de 4,1 milhões de sacas de café solúvel.
Os Estados Unidos foram o principal destino entre os 116 países que importaram café brasileiro no ano passado, com compras de 8,1 milhões de sacas (16,1% do total), segundo o Cecafé. Em seguida, vieram a Alemanha, com 7,6 milhões de sacas, a Bélgica (4,2 milhões), a Itália (3,9 milhões) e o Japão (2,2 milhões).
* Com agências