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FMI corta crescimento da economia dos EUA e alerta para riscos de recessão

INFLAÇÃO E JUROS ALTOS CONDICIONAM CRESCIMENTO

Diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, pede a anulação das taxas restritivas ao comércio, impostas há cinco anos, para impulsionar o desempenho económico e para por fim às restrições de oferta.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento económico dos Estados Unidos da América este ano para 2,9%, menos 0,8% do que foi projectado em Abril. A directora geral do Fundo, Kristalina Georgieva refere que Estados Unidos estão num "caminho apertado" para evitar uma recessão face à inflação e aos aumentos das taxas de juros.

Para o mercado norte-americano, Kristalina Georgieva apelou à anulação de taxas restritivas ao comércio, impostas há cinco anos, para "impulsionar o desempenho económico e aliviar as restrições de oferta". A responsável referiu também que apoia o plano do banco central americano de colocar os juros no patamar de 3,5% a 4%, destacando ser algo necessário para combater a inflação.

Apesar do Federal Reserve (Fed) ter sofrido uma série de críticas pela sua suposta lentidão ou incapacidade no combate à inflação, o de maneira eficiente. Já em Março do corrente ano, o porta-voz do FMI, Gerry Rice, tinha afirmado que a economia dos Estados Unidos continua forte, mas com uma inflação já contratada e que exige a actuação do Federal Reserve em termos de política monetária.

Com as novas projecções, o FMI cortou também a previsão de crescimento da economia mundial para este ano em 0,5 pontos para 4,4%, de acordo com o relatório divulgado em Janeiro, antes do início da guerra na Ucrânia. "O crescimento global é estimado em 5,9% em 2021 e deverá moderar para 4,4% em 2022, meio ponto percentual abaixo do que nas Previsões Económicas Mundiais de Outubro de 2021", podia ler-se na actualização publicada pelo FMI.

De acordo com a instituição, a revisão reflectia o impacto das restrições de mobilidade, do encerramento de fronteiras e do efeito na saúde da propagação da variante Ómicron, com um peso diferenciado de país para país. "O impacto negativo deverá desaparecer a partir do segundo trimestre, assumindo que o aumento global de infecções por Ómicron diminui e o vírus não sofre mutações para novas variantes que exigem mais restrições de mobilidade", explica o FMI.

O Fundo Monetário Internacional menciona ainda que o corte da estimativa é amplamente afectado pela revisão em baixa das projecções para as duas maiores economias mundiais.

O FMI previa que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos crescesse 4% este ano, menos 1,2% do que no relatório de outubro, e o da China avançasse 4,8%, menos 0,8% do que previa anteriormente. O Fundo Monetário Internacional estimava ainda que o crescimento da economia mundial pudesse continuar a desacelerar em 2023 para 3,8%, contudo 0,2 pontos percentuais acima do que estimava anteriormente, mas um resultado sobretudo "mecânico".

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