Os preços do petróleo valorizaram mais de 4% na última semana, influenciados pela expectativa de aumento do consumo da commodity na China e na Índia, dois grandes importadores de crude.
Na última semana, os preços do petróleo subiram mais de 4%, anulando as perdas verificadas nas semanas anteriores, devido às expectativas de uma forte recuperação da actividade económica na China, compensando, deste modo, as preocupações com os aumentos das taxas de juros. De acordo com os dados divulgados nesta semana, a actividade industrial na China registou a maior subida mensal em uma década, o que reforçou as perspectivas de aumento do consumo mundial de crude. Adicionalmente, dados publicados na Índia revelam um aumento do consumo de derivados do petróleo no país.
Com maior optimismo em relação à procura, no mercado de Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) registou um ganho semanal de mais de 5% para 77,74 dólares por barril. Já o Brent, crude negociado em Londres, avançou mais de 4% na semana para 84,20 dólares por barril.
No mercado accionista, os índices bolsistas dos Estados Unidos da América recuaram nos últimos 7 dias, com realce para o industrial Dow Jones, que recuou mais de 1%, numa semana em que foram publicados um conjunto de indicadores económicos com sentidos divergentes. Entre estes dados, destaque para o índice confiança dos consumidores que recuou em Fevereiro, e para os preços das casas, que caíram pelo sexto mês consecutivo, aliviando a pressão inflacionista no País.
Já na Europa, os índices negociaram sem uma tendência definida, tendo o Euro Stoxx 600, índice de referência do continente, recuado ligeiros 0,46%. As negociações revelam as incertezas em relação ao limite das subidas de juros pelo Banco Central Europeu, após novos sinais de aceleração da inflação na Europa.
A taxa de inflação em França no mês de Fevereiro subiu para 6,2% em termos homólogos, mais duas décimas do que em Janeiro. Já na Alemanha, a inflação medida pelo IHPC (indicador usado pelo Eurostat e pelo BCE) subiram 9,3% em termos homólogos, mais 0,1% do que em Janeiro.
Entre os destaques da semana, importa mencionar a aprovação, pela União Europeia, do décimo pacote de sanções económicas à Rússia, na semana em que se completou um ano desde o início do conflito com a Ucrânia. O pacote inclui restrições mais apertadas à exportação de tecnologia à Rússia. A par disso, os Estados Unidos da América anunciaram novas sanções contra o sector mineiro daquele país, que deverão aumentar os custos de importação de mais de 100 metais, no valor de 2,8 mil milhões de dólares.
