Os estudantes do ensino superior público e privado passam a contar a partir desta semana com um Cartão de Estudante Universitário (CEU) com a função de cartão de identificação do estudante, cartão multicaixa e cartão de desconto.

O cartão, lançado pela Ombala Invest, vai permitir que os estudantes tenham descontos de até 50% na compra de produtos, materiais académicos e serviços dentro de uma rede de parceiros, como o banco BAI, Unitel, Kitadi, Ango Vendas, Cinemax, Kubeta, Tupuca, T"leva, Anda, entre outros parceiros.

A plataforma digital CEU vai permitir a abertura de conta bancária, descontos exclusivos, adiantamento da propina, crédito universitário, bolsa de estudos, carteira digital, depois dos acertos que estão a feitos entre os mentores e o sector bancário.

Os estudantes matriculados no ensino superior são os únicos que podem aderir ao CEU, a partir do https://ceu.ao.

Os estudantes activos do ensino superior serão os únicos beneficiados, ou seja, ficam ainda afastados de acesso aos cartões os estudantes com matrículas suspensas, de acordo com Niuka Casimiro, coordenador e fundador da startup responsável pela emissão dos cartões.

"Neste momento, vamos oferecer mil cartões de forma gratuita aos primeiros inscritos na plataforma, para poderem utilizar durante três meses", explica o mentor do projecto, acrescentando que o projecto está dividido em duas fases. Na primeira, será apenas um cartão de identidade do estudante a nível nacional e, na segunda, vai ser incorporada a componente de desconto.

"O CEU é uma solução inovadora e abrangente que visa revolucionar a experiência dos estudantes universitários em Angola, no entanto, o cartão contemplará a edição do serviço de inclusão bancária e financeira do estudante, que facilitará a abertura de contas bancária por meio da plataforma digital CEU ou nos quiosques instalados nas universidades parceiras, além da emissão de cartão débitos".

O presidente da Associação dos Estudantes das Universidades Privadas de Angola (AEUPA), Nilton Tima, explicou que o cartão está apenas disponível em Luanda e, à medida que o projecto for evoluindo, chegará até às outras províncias no sentido de permitir que um estudante do Cunene tenha acesso a um benefício em que o provedor esteja, por exemplo, em Cabinda ou num outro ponto do País.

O presidente garantiu que está tudo acautelado faltando apenas a confirmação de alguns parceiros para que o projecto se estenda a alguns serviços, como acesso aos transportes públicos, livrarias e bibliotecas.

"Esse projecto tem um pendor muito forte e a AEUPA vai dando o seu suporte institucional à materialização deste cartão. Todos esses anos de experiência da nossa organização serviram de base para a construção desta solução, então os parceiros têm em grande medida essa confiança na própria associação e, por isso, as parcerias vão acontecer e tornar o projecto mais abrangente", notou.

Nilton Tima sublinhou que um dos objectivos da criação da associação é trazer soluções para os problemas dos estudantes. Ter a oportunidade de concentrar essas soluções num único espaço, numa única plataforma é uma oportunidade de difundir o que se tem feito para o bem dos universitários, não numa perspectiva provincial, mas numa perspectiva nacional.

O projecto CEU nasceu de uma startup que passou por diversos programas de aceleração de negócios, incluindo o LISPA, uma iniciativa do Banco Nacional de Angola e do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, promovido pela Acelera Angola.

Este projecto destacou-se ainda no Unitel Go Challenge, conquistando a categoria de responsabilidade social e no FIEBAT, onde foi consagrado vencedor na categoria de inovação.