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"O problema é que nós nunca pensamos turismo. Sempre pensamos petróleo"

RAMIRO BARREIRA PRESIDENTE DA AHRA

O presidente da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola defende a criação de uma estratégia nacional para o desenvolvimento do turismo e quer apoios do Executivo para minimizar as dificuldades que as empresas do sector vivem devido à pandemia.

A Covid-19 colocou o País sob uma cerca sanitária, que dura há mais de um ano, com viagens e a restauração com serviços limitados. Neste momento, qual é a realidade dos associados da AHRA?

É uma realidade difícil, porque a Covid-19 veio desestabilizar todos os programas que tínhamos em vista. O sector do turismo começou a viver uma crise profunda em 2014. Com a eleição do Presidente João Lourenço reiniciámos uma nova etapa, mas a economia angolana foi sempre caindo. Estávamos a contar com a retoma da economia já em 2020 e, quando tínhamos alinhados os pressupostos para o desenvolvimento da economia, onde o turismo é uma parte importante, veio a pandemia que desalinhou completamente toda a estrutura. O turismo e hotelaria são as áreas que mais sofrem com a pandemia em Angola, à semelhança do que acontece no resto do mundo.

Fecharam hotéis ou resorts?

Bastantes. Desde que foi decretado o estado de emergência, no ano passado, muitos hotéis fecharam devido à falta de clientes. Não é fácil manter um hotel sem clientes. Fecharam não só hotéis, mas também restaurantes. Os mais fortes e resilientes conseguiram manter-se, mas não está nada fácil. Muitas das unidades hoteleiras passaram a ter despesas superiores às receitas e não conseguiram equilibrar as contas. Infelizmente, muitas pessoas foram despedidas, outras viram os contratos suspensos. Neste momento, estamos numa fase de compreender um pouco a dinâmica da Covid-19, mas essas últimas medidas também vieram apertar um pouco m ais o sector. É verdade que o Estado deve estar preocupado com a economia, mas também deve estar preocupado com a vida das pessoas que é o bem maior. E estou satisfeito pela forma como o Executivo está a lidar com a pandemia.

Independentemente das situações menos boas para o sector.

Há aqui questões que devem ser muito bem vistas, alinhadas. Mas é um momento muito difícil para o nosso País. Isto tem sempre um custo, embora este custo tenha que ser bem visto e, no momento certo, para não ter um efeito muito duro.

(Leia o artigo integral na edição 628 do Expansão, de sexta-feira, dia 11 de Junho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)