Novo estatuto de Angola no Banco Mundial dá mais benefícios
O Banco Mundial vai conceder, a partir do próximo ano, um tratamento especial e adequado a Angola, em conformidade com o processo em curso para a sua graduação a país de rendimento médio. Angola deve beneficiar de um leque mais diversificado de instrumentos financeiros da instituição.
A antiga ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, falando durante as reuniões de Outono do Fundo Monetário Internacional/BM, que decorreu de 11 a 13 deste mês, em Washington DC, disse que o acesso a esses fundos obedece a certos critérios e Angola já está fora dos padrões definidos para ser IDA, por ser visto actualmente como país de médio rendimento e a entrar num processo de graduação.
Ana Dias Lourenço esclareceu que o IDA é o braço direito do BM para os países mais pobres e que o mesmo é actualizado de três em três anos. Em Junho de 2014, precisou, entra-se na versão IDA-17.
A directora executiva suplente da 25.ª Constituência do Conselho Executivo do Banco Mundial salientou que, em virtude disso, a partir de Junho de 2017 Angola apenas vai usufruir do seu pacote de projectos em vigor. "O país possui uma carteira de cinco projectos, quatro já em execução, nos sectores da energia, educação, saúde e agricultura e um quinto, aprovado há duas semanas pelo BM, também relacionado com a Educação."
Face à graduação, Angola deve beneficiar de outros instrumentos financeiros daquela instituição, e o sector privado, estando dentro da estratégia de diversificação da economia do país, também está contemplado nestas ferramentas.
Relativamente à representação africana nas instituições de Bretton Woods, Ana Dias Lourenço disse que, fruto de algumas discussões persistentes e longas, o Banco Mundial decidiu criar mais um assento para os países africanos.
Ana Dias Lourenço informou que o valor disponível na referida instituição para responder ao compromisso com Angola é de 460 milhões de dólares para os cinco projectos aprovados pelo Conselho de Administração ("Board"). "Neste montante, estão incluídos os 75 milhões de dólares do novo projecto, aprovado há duas semanas, ligado à educação."
O "Board" do BM integra 25 membros, incluindo Angola, que ocupou a última cadeira no princípio deste ano. Ana Dias Lourenço foi, até às eleições gerais de 2012 em Angola, ministra do Planeamento. Actualmente representa o país no Conselho Executivo do Banco Mundial, como directora executiva suplente da 25.ª Constituência, da qual fazem parte Angola, Nigéria e África do Sul.
Fonte: Jornal de Angola