P-Njango quer eleger 30 deputados nestas eleições e "vencer" as próximas
Abriu a campanha eleitoral no Huambo, a 23 de Julho, com a promessa de combater a fome em menos de um ano e terminou, na mesma província, no domingo, 21 de Agosto, com um culto ecuménico, onde fez um balanço positivo da campanha eleitoral. Estas eleições servem de rampa de lançamento para ser governo em 2027, declara o líder do partido, Dinho Chingunji.
Os objectivos do estreante P-Njango (Partido Nacional para a Justiça em Angola) nas eleições gerais de 24 de Agosto são claros. Não pretende ser governo, mas mantém a ambição de conseguir eleger no máximo entre 30 a 32 deputados à Assembleia Nacional e, no pior cenário, eleger seis representantes. Em alguns comícios, com o entusiasmo do momento chegou mesmo a dizer, "o pai grande chegou para tomar conta dos angolanos".
O P-Njango de Dinho Chingunji defende, no seu manifesto eleitoral, um sistema de saúde e educação de qualidade para os angolanos. Assume também o compromisso de combater a pobreza e a injustiça social, bandeiras que hasteou nas províncias por onde desfiou os propósitos daquele que é um dos dois mais novos partidos do panorama político angolano.
O P-Njango defende a inserção das crianças, mesmos sem estarem registadas, no sistema de educação, tornando-o assim mais inclusivo e também por considerar "ser inaceitável a rejeição deste direito às crianças".
Para o acesso ao sistema de saúde, o partido P-Njango pretende criar um seguro de saúde que abranja toda a população. Este seguro vai garantir que os cidadãos beneficiem de assistência médica e medicamentosa sem impedimentos, como explicou Dinho Chingunji, no lançamento da campanha eleitoral na província do Huambo, no dia 23 de Julho.
O centro da campanha eleitoral do Partido Nacional para a Justiça foi o planalto central, mas o P-Njango também passou por outras províncias. Em Malanje, prometeu transformar a província em Pólo Turístico e, no Cuanza Norte, por exemplo, prometeu, nesta reta final da campanha, acesso fácil à habitação.
Já em Cabinda, num acto de massas no dia 18 de Agosto, Dinho Chingunji voltou aos motes da campanha. "Queremos para Cabinda uma justiça social, prosperidade e dignidade para todos, promover um ensino gratuito e obrigatório para as crianças, a partir dos cinco anos, tendo ou não documento de identificação. A única documentação necessária é ser angolano", declarou.
O P-Njango abriu a campanha eleitoral no Huambo, com a promessa de combater a fome em menos de um ano de governação", caso seja governo. Para encerrar, o partido de Dinho Chingunji optou por um culto ecuménico, na mesma província, durante o qual fez um balanço positivo da campanha eleitoral. Embora admita que o partido não vai vencer estas eleições gerais, Chingunji assume que o partido a que preside vai ser governo nas próximas eleições, em 2027, pois o P-Njango definiu uma maturação "recorde de cinco anos".