Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Angola pouco produz, compra de fertilizantes vai custar 17 mil milhões Kz para agricultura familiar

Por falta de componentes

A falta de componentes para a produção de fertilizantes é um problema em Angola, o que prejudica a agricultura que utiliza quantidades do produto muito abaixo do recomendado - sete kg por hectare (ha) em vez de 40 kg/ha.

Só para a próxima campanha agrícola 2021/2022, que se inicia já em Outubro, o Governo vai comprar 55 mil toneladas de fertilizantes do tipo NPK-12-24-12 Sulfato de Amónio e Ureia, que vai custar 17 mil milhões Kz aos cofres públicos, de acordo com o Despacho Presidencial n.º 139/21, de 30 de Agosto.

No diploma, o Presidente da República autoriza a despesa e formaliza a abertura do procedimento dinâmico electrónico para a aquisição no mercado nacional e/ou internacional de fertilizantes agrícolas.

João Lourenço justifica a medida com a aprovação de política para a redução do preço de venda ao público dos referidos fertilizantes em 35%, beneficiando produtores agrícolas familiares (agrupados ou não em cooperativas e associações).

Uma fonte do Ministério da Agricultura e Pescas disse ao Expansão que o consumo de fertilizante no País é extremamente baixo. Dos 5 milhões de hectares agricultáveis, apenas consumimos sete quilogramas (kg) por hectare (ha), quando deviam ser 40 kg/ha.

"Não temos condições para produzir este tipo de fertilizante (NPK-12-24-12) por falta dos componentes principais como o minério de potássio, azoto, e fósforo".

Com a verba disponibilizada, o governo poderá adquirir 55 mil toneladas deste fertilizante no mercado internacional, tendo em conta que a tonelada de Ureia custa 380 USD e a Sulfato de Amónio 230 USD.

"O preço dos fertilizantes variam em função da oscilação do preço do petróleo no mercado internacional", referiu o responsável do ministério, que dá nota que estes insumos "são por norma comprados na Ucrânia, China e Marrocos", frisou.

A fonte acrescenta que no território nacional existem zonas com solos bastante pobres em nutrientes, e devíamos apostar na produção destes fertilizantes, aproveitando a indústria petrolífera.

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo