Cinemax Cinemas facturou 837,7 milhões Kz em bilhetes em 2022, o dobro de 2021
Mercado de cinema nas mãos do grupo Zahara duplicou bilheteira em 2022, numa altura em que o centro de Luanda ganhou novas salas no Shopping Fortaleza com espaço para a produção local. ZAP fecha-se em copas.
O consumo de filmes nas salas de cinema do Cinemax instaladas no País apresentaram uma tendência de grande aumento entre 2021 a 2022, como indicam os resultados do relatório e contas do Grupo Zahara, com a receita de bilheteira a duplicar para 837,1 milhões Kz em 2022, contra os 446,1 milhões em Kz em 2021. O Expansão contactou a ZAP, mas esta não respondeu até ao fecho da edição.
Para o director executivo para os audiovisuais do grupo Zahara, Hugo Barbio, este incremento significativo dos números de 2022 face a 2021 são justificados por vários motivos, mas principalmente porque em 2021 ainda estavam em vigor as medidas de prevenção e combate à Covid-19, cenário se alterou a partir de 2022, mesmo quando as pessoas já tinham as plataformas de streaming como recurso para assistir a filmes em casa.
Fora isso, os filmes que tinham estreia marcada para o final de 2020 e o ano de 2021 passaram para 2022, como são os casos de "Mulher Rei", "Black Adam" e "Black Panther 2", o que teve impacto positivo também nas receitas de bilheteira.
Presente em quatro províncias, a rede actualmente composta por sete cinemas distribuídos por Luanda no Belas Shopping, Xyami Nova Vida, Xyami Kilamba e no Shopping Fortaleza, em Benguela no Retail Park, na Huíla no Xyami Lubango e no Huambo no Xyami Huambo, assume-se como a empresa líder no mercado de exibição cinematográfica em Angola, não só em número de salas.
Hugo Barbio observou que a abertura da primeira sala de cinema no centro de Luanda, depois de muitos anos, representa o cumprir de uma das premissas da empresa, que é a de levar a cultura cinematográfica nacional e internacional a locais onde não estejam acessíveis a todos.
O Expansão questionou o Cinemax Cinemas se existirá alguma possibilidade de instalação de salas de cinema fora de espaços comerciais, como acontece agora, ou mesmo a reactivação de salas antigas, e Hugo Barbio respondeu que não fecham a porta de nenhuma negociação e tudo depende das condições de mercado.
Apesar de o Cinemax Cinemas ser um palco de grandes estreias internacionais, Hugo Barbario reconheceu o valor que se dá à produção nacional, sendo que existe o apoio directo, com a exibição de filmes e séries produzidas localmente, desde que se apresentem com o padrão de qualidade da marca Cinemax Cinemas.
"E, desta forma, apoiar-se a indústria de cinema local", disse.
No entanto, os produtores nacionais continuam a reclamar da "quota" que têm nos cinemas locais, mesmo quando entre os produtos reconhecem a qualidade de produção.
Como alternativa, vários produtores fizeram surgir plataformas digitais internas para facilitar a visualização dos seus produtos e de outros agentes fora da referida produtora, sobretudo na fase das restrições da Covid-19, uma forma também de minimizar as dificuldades financeiras dos actores e de toda equipa que trabalha com...
Leia o artigo integral na edição 745 do Expansão, de sexta-feira, dia 06 de Outubro de 2023, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)