Falta de transparência e pouca segurança jurídica entravam investimentos
Angola quer tornar-se no terceiro produtor de diamantes até 2030, mas especialistas acreditam ser um caminho difícil para um País onde estão em curso reformas, depois de um passado opaco que afastou os investidores. Especialistas explicam que é preciso acabar com a opacidade no subsector e criar condições a nível da fiscalidade para atrair investimentos e fazer com que este subsector tenha impacto na qualidade de vida das populações
A riqueza mineira, em qualquer parte do mundo, pertence ao Estado e a rentabilização dos diamantes em Angola depende de maior transparência, de facilidades quer de investimentos quer de repatriamento de rendimentos, mas também de uma justiça tributária equilibrada e de maior segurança jurídica aos investidores, admitem vários especialistas em mercados mineiros consultados pelo Expansão.
Entre eles é consensual que há ainda muito caminho por andar para que Angola consiga fazer disparar os investimentos neste subsector e, por sua vez, fazer subir o seu peso no Produto Interno Bruto (PIB), já que em 2019 apenas valia 0,72%, o que compara com outros países africanos produtores como o Botswana, Lesoto ou Namíbia.
É assim necessário criar condições que gerem confiança nos investidores para, por sua vez, poder facilitar a contratação de financiamentos para a indústria diamantífera, o que em Angola nem sempre é fácil, justificando, assim, o desinteresse da banca nacional em financiar projectos diamantíferos.
(Leia o artigo integral na edição 654 do Expansão, de sexta-feira, dia 10 de Dezembro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)