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Diversidade no preço dos brinquedos no mercado informal desafia lojas formais

PREÇOS PARA TODAS AS BOLSAS, NUM NATAL APERTADO PARA AS FAMÍLIAS

Com a necessidade de reduzir gastos, os pais optaram neste Natal pelo mais barato e por comprar menos quantidade do que em anos anteriores. Nos mercados informais, os vendedores ressentem-se do apertar do cinto.

Os pais que este ano querem oferecer brinquedos aos filhos no Natal terão de gastar mais do que no ano passado, quer optem pelo mercado formal ou informal. Num caso e noutro, os preços variam muito, mas o que leva os pais a optar pelo informal são os preços "exorbitantes" que encontram na maior parte das lojas. Isto não significa, no entanto, que vai comprar mais barato no informal, como constatou o Expansão numa ronda pelos principais mercados e supermercados de Luanda. Há algumas prendas que têm o mesmo preço, ou semelhante, tanto nas lojas como nos mercados. É o caso do chapéu de Natal, custa 500 Kz no Mercado de S. Paulo e no supermercado Candando.

Vânia André, vendedora no mercado de São Paulo, afirmou ao Expansão que este ano os preços de algumas prendas subiram, o que condiciona a procura, numa altura em que as famílias estão descapitalizadas. Por essa razão, os pais optam pelo mais barato e por comprar menos quantidade do que em anos anteriores. "Para este ano, as coisas subiram um pouco e, até ao momento, não estamos a vender bem. Os pais andam à procura de brinquedos de 1.000 Kz", informou a jovem vendedora.

No mercado informal, os preços de uma boneca variam dos 2.000 aos 15.000 Kz, dependendo da marca e do tamanho. No caso da boneca de marca Fronzi pode custar 2.800 Kz o tamanho pequeno e 10.000 Kz o grande. Uma boneca Barbie vai dos 2.500 Kz, se for pequena, aos 15.000 Kz se a família optar por levar um tamanho maior.

A boneca mais cara no mercado informal é a Dream Girl, que está a ser vendida a 19.900 Kz.

No mercado formal, dentro dos supermercados que o Expansão visitou para fazer o levantamento de preços, o Candando é o que tem maior oferta de brinquedos. Aqui, um Cross Country, carro que no mercado informal custa 3.500 Kz, está a ser vendido a 7.999 Kz e o conjunto, composto pelo carro e uma boneca Isabella, tem o preço de 42.999 Kz contra 11.000 Kz no informal. O Speed Cars 2 custa 6.999 Kz na loja, sendo que no informal pode ser comprado a 2.800 Kz.

Se há disparidades entre a oferta no comércio formal e no informal, o Expansão também detectou preços variados numa mesma cadeia de supermercados. Os preços do Candando variam de localidade para localidade. Os brinquedos na loja da Mutanda, por exemplo, têm preços superiores aos da loja do Kinaxixi.

Rosa Afonso, que o Expansão encontrou num dos supermercados visitados, disse não compreender a disparidade de preços entre o mercado informal e as lojas, sendo que, em muitos casos, os brinquedos são da mesma marca e tipologia. "Não entendo essa diferença, o produto é o mesmo, mas o preço é diferente. Aqui, nas lojas formais, exageram. Vou ter de andar mais para encontrar um que se esteja de acordo ao valor que tenho disponível para gastar", disse.

No que se refere aos enfeites de Natal também há diferenças entre os mercados formal e informal. Alguns supermercados, como o Kibabo e Candando, optaram por não vender árvores de Natal. Já na Maxi o valor de uma árvore de Natal varia dos 50.000 aos 65.000 Kz. Nos mercados informais, os preços variam de acordo com o tamanho. Por exemplo, dentro do mercado do São Paulo uma árvore de 1 metro, que no ano passado custava 6.000 Kz, está agora a ser vendida por 10.000 Kz. Nas lojas ao lado, os preços também, consoante a dimensão. Uma árvore de 2 metros é vendida a 15.000kz, de 3 metros a 75.000 Kz e a de 4 metros, considerada a maior, chega aos 85.000 Kz.

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