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Angola

Gestão do INSS será "fiscalizada" pelo Conselho Nacional de Segurança Social

PROTECÇÃO SOCIAL OBRIGATÓRIA

Criado em 2021 com a aprovação do estatuto orgânico do Instituto Nacional de Segurança Social, o Conselho Nacional de Segurança Social aguarda a sua composição para entrar em cena e controlar os activos da instituição.

actividade do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), no âmbito da protecção social obrigatória, vai ser "fiscalizada" pelo Conselho Nacional de Segurança Social (CNSS), órgão consultivo, que vai promover e assegurar a participação dos parceiros sociais na definição e acompanhamento da execução das políticas de segurança social. Dentre as competências deste órgão, já criado oficialmente, mas que ainda aguarda pela indicação dos seus membros, destacam-se o acompanhamento do funcionamento da protecção social obrigatória e propor medidas que garantam a sustentabilidade financeira do sistema de protecção social obrigatória.

O CNSS vai também poder emi[1]tir pareceres sobre os relatórios financeiros e actividades do INSS, mas estes pareceres não terão ca[1]rácter vinculativo, o que, segundo especialistas, fragiliza a sua acção.

"Seria bom que os pareceres fossem vinculativos. Seria uma forma de fiscalização efectiva do desempenho do INSS, que já nos trouxe más memórias no passado", disse o gestor Anacleto Pedro.

"O dinheiro da Segurança Social e as suas práticas devem ser eficientes e transparentes para a sustentabilidade do próprio sistema. Se as aplicações e práticas não resultarem em mais-valia a protecção social obrigatória colapsa. E temos sobretudo de evitar que o dinheiro do INSS enriqueça ilegalmente algumas pessoas", concluiu De acordo com o Decreto Executivo n.º 58/23, de 5 de Maio, o CNSS é de capital importância no cumprimento dos objectivos da protecção social obrigatória, daí a necessidade da sua entrada em funcionamento, estando já definida a sua regulamentação.

O documento define que o Conselho Nacional de Segurança Social seja composto por 15 membros, sendo um representante do Ministério das Finanças, outro do Ministério da Saúde, seis representantes dos trabalhadores, seis representantes dos empregadores e o director nacional da Segurança Social. Os representantes dos empregadores e dos trabalhadores serão indicados pelas associações mais representativas destas classes, que ainda não têm qualquer conhecimento da existência do CNSS, conforme apurou o Expansão.

Os conselheiros da Segurança Social terão um mandato de cinco ano e serão remunerados por cada reunião realizada. Ou seja, cada membro vai receber um apoio financeiro no valor correspondente a 75% do salário base do presidente do conselho de administração do Instituto Nacional de Segurança Social, por cada sessão ordinária.

O regulamento prevê quatro reuniões ordinárias, sendo uma por trimestre. Mas, havendo necessidade, o CNSS pode reunir extraordinariamente as vezes que forem necessárias.

O apoio logístico, administrativo e financeiro, necessário ao funcionamento do CNSS, será assegurado pelo Instituto Nacional de Segurança Social.