Os seguros são ou não prioridade para a actividade económica?
A existência de um sector segurador forte é decisivo para a melhoria do ambiente de negócios. O desafio das empresas é ter produtos adaptados a uma realidade económica marcada pelo sector informal. E ter a confiança de empresas e particulares na sua actividade.
Quando se analisa a prioridade que os seguros devem ter na actividade económica, há primeiro que enquadrar a baixíssima taxa de penetração que têm no País, o que implica que os operadores têm que estar mais próximo das empresas e dos cidadãos, com produtos que sejam importantes para a actividade económica.
Esta necessidade foi uma das preocupações de Yuri Simão, que na "Voz do Cidadão", deu como exemplo o caso das senhoras que vendem cabelo no mercado do Kikolo e correm vários riscos com as suas mercadorias devido à insegurança que o mercado apresenta.
"Alguma seguradora já pensou num produto para as senhoras que vendem cabelo no Kikolo e facturam muito? É uma economia paralela muito grande. Os mercados incendeiam, elas perdem todo o negócio. Temos de pensar que neste País que parece uma economia anormal, mas é normal dentro das nossas regras. As seguradoras devem pensar nestas pessoas que não sabem ler nem escrever, mas sabem contar dinheiro", defendeu o produtor cultural.
O dono do "Show do mês" fez questão de alertar para o potencial destas vendedoras, que apesar desconhecerem práticas comerciais internacionais, "sabem negociar, vão à China, Turquia, Tailândia, comprar mercadoria e fazem dinheiro. Mas não têm seguros!"
Leia o artigo integral na edição 801 do Expansão, de sexta-feira, dia 08 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)