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Angola

Preços até Maio sobem 20% no informal e 26% no formal

DESDE DEZEMBRO DO ANO PASSADO

Os preços dos produtos seleccionados pelo Expansão aumentaram em relação a Dezembro do ano passado, mas mantiveram-se estáveis desde a última semana de Abril até Maio deste ano nos mercados informais. Nos mercados formais a tendência dos preços foi crescente.

Os preços de alguns dos principais produtos da cesta básica registaram um aumento de 20% no mercado informal e 26% no formal, no mês de Maio em relação a Dezembro do ano passado, apurou o Expansão numa ronda feita na cidade de Luanda, comparando os preços levantados entre a segunda quinzena de Dezembro e a última semana de Maio. As informações foram recolhidas nos mercados formais (Kero, Candando e Maxi) e informais (Catinton e Asa Branca).

Apesar da estabilidade aparente da taxa de câmbio desde Dezembro, os preços continuam em alta, afectando o poder de compra das famílias. A escassez de divisas e a especulação são factores que contribuem para a subida dos preços. A população enfrenta desafios crescentes para adquirir alimentos básicos, resultando em estratégias como comprar porções menores e vender produtos fraccionados para lidar com os altos custos.

No mercado informal, numa lista de 18 produtos seleccionados, verificou-se que para comprar o mesmo cabaz é preciso hoje mais 21.450 Kz do que há cinco meses. Destaca-se, entre os produtos seleccionados, a caixa de peixe carapau como o alimento que mais encareceu o cabaz, com um aumento de 15.000 Kz (56%) desde Dezembro. A caixa de coxa de frango (29%) e o saco de arroz de 25 kg (19%) também se destacam com um aumento de 4.000 Kz cada.

Entre as maiores variações estão também a fuba de milho e a fuba de bombó, que são dos produtos mais consumidos pela população angolana, com variações de 43% e 40%, respectivamente. Em marcha inversa, houve produtos que tiveram os seus preços reduzidos, com destaque para o açúcar, o feijão catarino, feijão manteiga e o vinagre. Por outro lado, constatou-se também preços que se mantiveram inalterados, como é o caso da batata e do óleo.

Já no mercado formal, onde se registou a maior variação percentual, dos 11 produtos seleccionados para o levantamento, entre os que mais cresceram destacam-se o leite Nido, o frango congelado e a farinha de trigo. No outro extremo, entre os preços que mais reduziram estão a fuba de milho e o feijão preto. (Ver tabelas).

Variação mensal

Apesar da subida verificada entre Dezembro de 2023 e Abril do corrente ano, no mercado informal, verificou-se uma certa estabilidade nos preços entre a última semana do mês de Abril e a última de Maio. Neste período, os preços registaram em média uma redução de 0,2%, ou seja, eram necessários na última semana de Abril mais 300 Kz para comprar o mesmo cabaz na última semana de Maio.

Esperava-se também no último mês uma alteração nos preços dos bens alimentares como consequência da subida de 48% no preço do gasóleo, no dia 23 de Abril, que passou a custar 200 Kz por litro. Mas até ao último levantamento do Expansão os preços mantiveram-se estáveis nos mercados informais.

Diferente do que se verificou nos mercados informais, nos formais, entre a última semana de Abril e de Maio, os preços mantiveram a marcha crescente ao registar uma subida de 8%, com destaque para o frango congelado com 97%, bem como a farinha de trigo com 14%.

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