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Angola

Recapitalizar três fundos vai custar 100 mil milhões kwanzas

Eleições Gerais levantam receios sobre a politização do crédito

Três fundos públicos que não publicam relatório e contas - FADA, FGC e FACRA - serão reforçados para dinamizar a economia e a retoma do crescimento económico, defende o Governo, ao mesmo tempo que os agentes económicos lamentam as dificuldades no acesso a financiamentos

Em 2022, o Governo pretende recapitalizar três fundos públicos, nomeadamente o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrícola (FADA), Fundo de Garantia de Crédito (FGC) e o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) com 100 mil milhões Kz (cerca de 167 milhões USD) para aumentar o financiamento à economia em ano de eleições gerais.

O objectivo, segundo o relatório de fundamentação da proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) 2022, é "reforçar e acelerar o acesso das empresas aos recursos do sistema bancário nacional" para apoiar as Micros, Pequenas e Médias Empresas (MPME) através do FGC, impulsionar empreendedores com "financiamentos a prazo" por via do FACRA e intensificar "os apoios à actividade agrícola no País" com ajuda do FADA.

A estratégia é explicada no Capítulo V do referido documento, onde o Governo aborda a gestão macroeconómica para o próximo ano e as medidas previstas para impulsionar o crescimento económico. No entanto, os receios sobre a falta de transparência e a ausência de monitorização independente das actividades dos fundos públicos - nenhum divulga publicamente o seu relatório e contas, por exemplo - são elevados e resultam do desconhecimento sobre as fontes de financiamento, os objectivos que norteiam a sua actividade e o impacto real na economia angolana.

(Leia o artigo integral na edição 651 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Novembro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)