Só 1% das crianças angolanas não têm nenhuma privação
A província do Cunene é a que regista maior taxa de privações a nível nacional, com uma taxa de 93%. Cerca de 86% das crianças dos 0-23 meses de vida estão privadas de alimentação adequada.
Um estudo produzido pelo Instituto Nacional de Estatística e os seus parceiros indica que apenas 1% das crianças em Angola não sofre nenhuma privação, enquanto que três em cada quatro crianças sofrem três a sete privações ao mesmo tempo.
A nível nacional, as diferenças das privações na população menor de 18 anos são relevantes, sendo que as províncias de Luanda e Cabinda, as que têm percentagens mais baixas, com privações em pelo menos três dimensões, com uma taxa de privação de 54% e 56%, respectivamente.
Estes valores contrastam com os das outras províncias. Em 13 das 18 províncias, a mais de 80% das crianças faltam três ou mais dimensões. As taxas mais elevadas são de Cunene, com cerca de 93%, e do Cuanza Sul, com 90%.
A investigação, intitulada "A criança em Angola. Uma análise multidimensional da pobreza infantil", é baseada em dados estatísticos do Inquérito de Indicadores Múltiplos de Saúde 2015-2016.
Conforme o estudo, as crianças dos 0-23 meses de vida são as que têm maior probabilidade de viver sem acesso a alimentação adequada, habitação, saúde e educação. (...)
(Leia o artigo integral na edição 504 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Dezembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)