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Economia

Crude chega a mínimos de 2 meses

SEMANA DE 26 A 31 DE JULHO

Petróleo recua com perspectivas de enfraquecimento da procura. Contudo, aumento de tensões Israel-Hamas volta a levantar receios de intensificação do conflito na região e de novas restrições no fornecimento global de crude.

Os preços do petróleo negociaram em queda nos últimos dias, seguindo a trajectória descendente das duas semanas anteriores. Até à sessão de quarta-feira, a cotação do Brent situava-se à volta dos 81 dólares por barril, o que compara com os 87 dólares alcançados no início de Julho. De referir que nesta semana, o Brent chegou mesmo a estar cotado nos 78 dólares, o nível mais baixo desde o início de Junho.

Este movimento descendente dos preços do crude tinha por base a publicação de indicadores que poderiam sugerir um enfraquecimento do crescimento da procura global, sobretudo na China, onde foi reportada uma queda de 11% nas importações de crude no primeiro semestre deste ano. Por outro, com a aproximação do fim do Verão, vários analistas sugerem que, nos EUA, a procura pela matéria-prima possa cair nos próximos meses.

Entretanto, a queda dos preços foi atenuada pelo aumento de tensões no Médio-Oriente, após o anúncio da morte do líder do Hamas no Irão, o que voltou a levantar receios de uma intensificação do conflito Israel-Hamas.

Nas commodities agrícolas, destaca-se o aumento de mais de 4% no preço do açúcar, impulsionado por preocupações quanto a uma possível redução na produção do Brasil devido ao clima mais seco actualmente. Em sentido oposto, os preços do milho, trigo e da soja caíram mais de 2%, com a publicação de dados nos Estados Unidos, que reforçaram as expectativas de grandes colheitas este ano.

As bolsas apresentavam resultados mistos, com o S&P 500 nos EUA a cair 0,50% e o Euro Stoxx 600 na Europa a subir 0,58%. As negociações reflectiam um conjunto de dados disponibilizados esta semana aos mercados. Por um lado, os investidores reagiam positivamente ao anúncio de estímulos económicos na China, melhoria do crescimento da Zona Euro (2,6%) e dos Estados Unidos (2,8%) no segundo trimestre. Por outro lado, os fracos resultados trimestrais de empresas cotadas em bolsas publicados esta semana estiveram a gerar algum pessimismo.

Por fim, é relevante também destacar o ligeiro aumento da inflação harmonizada da Zona Euro de 2,5% em Junho para 2,6% em Julho, segundo o Eurostat. Entretanto, a inflação subjacente manteve-se inalterada. De referir que o Banco Central Europeu se mantém focado nos dados da inflação, uma vez que as suas últimas comunicações indicavam que se espera por uma descida sustentada para se efectuar novos cortes na taxa de juros.

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