Redução de stock nos EUA eleva petróleo
Petróleo subiu com a queda do stock dos EUA e os efeitos das sanções ao sector energético russo. Mercados financeiros com ligeiros ganhos devido a incertezas económicas e geopolíticas, com destaque para tarifas norte-americanas.
No acumulado da semana, o preço do petróleo registou uma valorização em torno de 4%, impulsionado pela continuidade das sanções dos Estados Unidos ao sector energético russo e pela redução de 2,6 milhões de barris nos stocks de crude norte-americano referente à semana anterior. No mercado de Londres, o Brent estava cotado nos 80,41 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) rondava os 78,15 dólares por barril no final da sessão de quarta-feira. Nos mercados bolsistas internacionais, os principais índices apresentaram ligeiras valorizações, num contexto de incertezas geopolíticas e económica. Nos EUA, o S&P 500 acumulava um ganho semanal ligeiro de 0,27% e o principal indicador da Zona Euro subia 0,60%, face à semana passada.
Nos últimos dias, os receios dos investidores foram intensificados pelas indicações da nova Administração norte-americana de imposição de tarifas a parceiros comerciais, levantando temores de uma possível guerra comercial. Além disso, foram publicados fracos dados de emprego no País referentes a Dezembro do ano passado, que apontaram para a redução do número de postos de trabalho para 122 mil, abaixo dos 144 mil previstos. Adicionalmente, os preços ao produtor no país ficaram abaixo das expectativas, reforçando as preocupações sobre o desempenho económico.
Na Zona Euro, os índices bolsistas estiveram a ser pressionadas pela subida dos juros das dívidas soberanas do Bloco. Alem disso, o pessimismo dos investidores foi agravado pela descida do sentimento económico e da confiança do consumidor da Zona Euro referente a Dezembro, onde se destaca a redução das encomendas industriais de forma inesperada na Alemanha.
No campo geopolítico, também foi destaque a intenção da administração dos EUA em anexar o território da Gronelândia, com objecções de países da União Europeia.
Por fim, na Ásia, o Banco do Japão deu indicações que deverá subir os juros na reunião da próxima semana, facto que levou a uma valorização semanal do iene em 1,05% em relação ao Euro. Apesar disso, o principal índice japonês, o Nikkey 225, acumulou uma desvalorização de 1,90% face à semana anterior.
Ao longo da semana, o Banco Popular da China injectou uma quantidade histórica de liquidez no sistema financeiro para apoiar a liquidez do mercado com a aproximação do feriado do Ano Novo, que terá início no dia 29 de Janeiro. O índice Hang Seng valorizou 1,16%, em relação à semana passada.