Diversificação económica exportou apenas 418,7 milhões USD
Petrodependência continua, já que por cada mil dólares de exportações angolanas, 940 USD foram de vendas do oil &gas. Os diamantes valem 4% e as restantes mercadorias, as da diversificação económica, valem apenas 1,5%. Trocas comerciais com China recuam, mas o país continua a ser o principal destino do petróleo nacional.
As exportações de mercadorias angolanas continuam dependentes do petróleo e dos recursos minerais, já que estes dois sectores valem 98,5% das vendas lá para fora, um sinal claro da fraca diversificação da economia. Sem o sector petrolífero e mineiro, em nove meses o País exportou apenas 418,7 milhões USD em mercadorias como máquinas e equipamentos, materiais de construção ou bens alimentares, de acordo com cálculos do Expansão com base nas estatísticas externas do Banco Nacional de Angola (BNA), publicadas recentemente. Ainda assim, há uma ligeira melhoria já que nos primeiros nove meses de 2023 o País exportou 363,0 milhões USD das denominadas mercadorias da diversificação económica (sem petróleo, gás e minérios), equivalentes a 1,4% do total das exportações do período.
Já nos três primeiros trimestres de 2022 a exportação destas mercadorias rendeu 297,2 milhões USD em receitas brutas, equivalente a 0,7% das exportações totais. Assim, não é que a diversificação económica não esteja a acontecer, está, mas muito devagarinho e insuficiente para as necessidades que o País tem, onde impera uma alta de desemprego e de inflação, já que Angola continua a importar a maior parte dos bens alimentares que a população precisa.
Contas feitas, sem petróleo e gás e os diamantes, Angola exportou uma média mensal de 46,5 milhões USD entre Janeiro e Setembro, que representam apenas 1,5% das exportações totais do País. Este valor está muito aquém daquilo que a economia precisa e a diversificação económica está longe de compensar os efeitos negativos que o declínio da produção no petróleo tem provocado aos cofres do Estado.
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