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Economia

Inflação vai continuar a subir e deve passar os 20%

PREVISÃO DO STANDARD BANK PARA 2024

As previsões da equipa de research do SBA, liderada por Fáusio Mussá, contrariam as perspectivas optimistas do Governo que aguarda por uma taxa de inflação de 15,3% no próximo ano, segundo o relatório de fundamentação do OGE 2024.

A taxa de inflação homóloga do País deverá ficar acima dos 20% no próximo ano, de acordo com as mais recentes previsões do Standard Bank de Angola (SBA), apresentadas esta semana em Luanda, durante o terceiro Briefing Económico de 2023.

"Angola enfrenta uma conjuntura económica desafiadora, caracterizada por uma redução substancial do superávit da sua conta corrente da balança de pagamentos, pressões sobre o câmbio e a liquidez em moeda externa, aumento da inflação, pressões fiscais e da dívida externa, em muitos aspectos similares ao que se observa em algumas economias africanas", afirmou durante o evento Fáusio Mussá, economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique.

As previsões da equipa de research do SBA, liderada por Fáusio Mussá, contrariam as perspectivas optimistas do Governo que aguarda por uma taxa de inflação de 15,3% no próximo ano, segundo o relatório de fundamentação do OGE 2024.

O SBA não é a única instituição a aguardar uma taxa de inflação muito acima dos anseios do Governo. O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta agora a uma inflação anual de 18,8% no final de 2023, contra a previsão inicial de 12,3% inscrita no relatório de Março, para voltar a acelerar novamente em 2024 para 25,6%, devido ao eventual aumento dos preços dos combustíveis assumidos pelo Governo, que pretende acabar com a subsidiação à gasolina e ao gasóleo até ao fim de 2025.

Já o BFA vai mais longe e espera que a taxa de inflação atinja os 20% ainda este ano, ou ainda acima, caso não se verifique uma recuperação do kwanza e um forte aperto da política monetária. Entretanto, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam que a taxa de inflação fixou-se nos 15,01%, em Setembro, acima da meta prevista pelo Banco Nacional de Angola (BNA) que se situava num intervalo entre 12% e 14%, embora muitos especialistas acreditam serem irrealistas, já que os preços sobem mais do que aquilo que é contabilizado pelo INE.

O SBA entende que actualmente o "calcanhar de Aquiles" de Angola é o elevado serviço de dívida do Estado, que consome 85% da receita em 2023 e 97% em 2024.

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