Grupo Glakeni alia negócio e lazer em shopping de 4,9 mil milhões Kz
Centro comercial Ulengo, localizado na via expresso Benfica-Cacuaco, terá 170 estabelecimentos e um parque de diversões. Conclusão está prevista para Dezembro, mas primeiras lojas abrem portas já a partir de Julho.
O Grupo Glakeni, sociedade empresarial de comércio geral, imobiliária e serviços de consultoria, prevê investir 4,9 mil milhões Kz (50 milhões USD) na construção do novo centro comercial Ulengo, em fase de conclusão na zona sul de Luanda, numa área de aproximadamente 20 hectares, revelou ao Expansão o seu director-geral, Pedro Homem Neto. De acordo com o gestor, a construção do parque de diversões envolve cerca de 2,4 mil milhões Kz (25 milhões USD).
Os restantes 2,5 mil milhões Kz dizem respeito à construção do edifício comercial e áreas anexas de suporte ao shopping. "O projecto previa apenas um parque de diversões, mas, com o andar do tempo, decidimos ligar o comércio à diversão, servindo de forma completa as necessidades dos clientes que visitarem o nosso shopping", afirmou o responsável.
Segundo o gestor, a execução do projecto está a cargo do empreiteiro chinês King Ting, responsável pela construção das infra-estruturas gerais do novo shopping, e de outros subempreiteiros, também de origem chinesa, além de empresas nacionais, a quem foram adjudicados os trabalhos referentes às instalações eléctricas no perímetro do centro comercial.
"Contratámos também as empresas nacionais porque estamos também preocupados com o desemprego no País", sublinhou o gestor. O projecto foi concebido para um período de execução de 33 meses. Desde o início das obras passaram 22 meses. Como a conclusão está prevista para Dezembro, a execução está ligeiramente adiantada face ao projecto inicial.
O projecto compreende cerca de 170 lojas, das quais 130 serão para o aluguer e as restantes ficarão sob gestão da direcção do centro comercial. "Teremos lojas de nove metro quadrados e outras acima dos 500 metros quadrados", adiantou Pedro Neto. "O tamanho de cada loja depende muito da actividade a que se destina", esclareceu.
"Temos previsões de abertura de algumas lojas a partir do mês de Julho", congratula-se Homem Neto. As lojas da Unitel e os estabelecimentos de venda de alimentação não vão esperar pela conclusão do projecto global", exemplificou. Os bancos também estão entre os inquilinos do shopping que abrirão portas antes de Dezembro. "Estão reservadas áreas para três agências de diferentes bancos comerciais", de acordo com Patrícia Agostinho, directora comercial do novo shopping.
"É uma luta um pouco apertada ao nível dos bancos, porque vamos ter apenas três agências de bancos diferentes", reconhece a responsável. Ainda assim, Patrícia Agostinho considera que o número de bancos "será suficiente para dar suporte ao shopping, facilitando as transacções entre lojistas e clientes". Mas não só.
A responsável antevê também maior facilidade para os moradores da centralide do Kilamba e dos Zangos. Os responsáveis pelo projecto do shopping não esqueceram o sector da saúde, estando previstas farmácias e um posto médico. O Ulengo vai concentrar um conjunto de serviços para facilitar a vida dos cidadãos, sejam clientes, moradores ou simples passantes. "Quem quiser pagar a água, a luz, serviços de de Internet e televisão poderá fazê-lo no shopping, sem ter necessidade de se deslocar ao centro da cidade de Luanda ", exemplificou a directora comercial.
Aliás, a ideia de o grupo investidor apostar nesta localização surgiu precisamente de uma estratégia do grupo Glakeny visando deslocalizar os espaços comerciais do centro de Luanda para o desenvolvimento da zona sul da capital.
"Quando adquirimos este terreno, há 9 anos, decidimos avançar porque estava no centro geoestratégico de muitos outros empreendimentos que estavam a nascer na zona sul de Luanda", explicou Pedro Neto, citando os casos da nova centralidade do Kilamba, do Estádio Nacional 11 de Novembro e da via expressa que liga Cacuaco ao Benfica.
Nelson Rodrigues