Mais de 2.500 recém-licenciados angolanos de universidades de Angola, Namíbia, Reino Unido e Portugal concorreram à segunda edição do Novabase Academy, um programa de formação intensiva, em regime de internato, promovido pelo braço angolano da tecnológica, que vai decorrer de 27 a 31 de Julho no Mussulo, em Luanda.

No final do programa, onde estarão 23 formandos, a tecnológica vai convidar cerca de metade para integrar os seus quadros em Angola, à semelhança do que ocorreu na primeira edição do evento, no ano passado, explica ao Expansão Álvaro Ferreira, administrador da empresa para o mercado africano. "Dos 28 formandos que tivemos no ano passado, foi estendido o convite para integrarem a Novabase a 12. Os 12 aceitaram e permanecem até hoje connosco", revela o gestor, reforçando que, face a 2014, o número de candidaturas surgidas mais do que duplicou.

"No ano passado, recebemos cerca de 1.000 candidaturas. O trabalho começou a ser desenvolvido nas diversas universidades angolanas e portuguesas, com estudantes angolanos, sendo reforçado este ano com a campanha de atracção de candidatos lançada nas redes sociais LinkedIn e Facebook", afirma Álvaro Ferreira.

Este ano, a empresa seleccionou para a formação jovens com até um ano de experiência profissional, ou que estejam no último ano de cursos nas áreas de Informática, Telecomunicações, Redes, Electrotécnica, Informática de Gestão, Engenharia Mecânica e Matemática. Quanto à formação, o conteúdo, ao longo dos dias, é "dinâmico", e varia de grupo para grupo de formandos, explica o administrador.

A semana é composta por sessões teóricas, práticas - com análise de case studies - e acções de teambuilding. O objectivo, afirma, é "trabalhar aspectos como a comunicação, a gestão da mudança, técnicas de apresentação, o trabalho em equipa e a gestão de stress". A formação da tecnológica incorpora ainda um módulo de design thinking, "uma metodologia inovadora que a Novabase adopta nos projectos, focada na empatia e colaboração com os clientes para encontrar soluções mais adaptadas aos seus reais problemas".

Actualmente, a empresa tem cerca de 70 colaboradores no País, dos quais mais de 50 são angolanos, afirma o gestor, explicando que "a maior parte está integrada em equipas técnicas". Este ano, a Novabase Angola mantém-se envolvida em projectos ligados aos sectores da banca, energia, Administração Pública e telecomunicações, e a situação de crise que o País atravessa não assusta a empresa, garante o responsável.

A aposta da Novabase em Angola, onde a companhia está há sete anos, "é de médio e longo prazo", justifica, acrescentando: "Esta é uma geografia estratégica para a empresa, pelo que encaramos sempre os problemas como desafios".

A Novabase Angola faz parte do Grupo Novabase, líder português em tecnologias de informação, cotado na Euronext Lisbon desde 2000. Em 2014, o grupo alcançou um volume de negócios total de 220 milhões de euros (cerca de 30 mil milhões Kz), dos quais cerca de 40% obtidos fora de Portugal.

A companhia, com trabalhos realizados em mais de 40 países, para além de Portugal e Angola, tem escritórios em Espanha, Alemanha, França, Gana, Istambul, Médio Oriente, Moçambique e Reino Unido. No total, tem mais de 2.400 colaboradores de 17 nacionalidades diferentes.