Novinveste aposta em novos segmentos
A comercialização da componente de habitação das Torres Dipanda, em Luanda, e o arranque da segunda fase do Masuica Office Park, em Talatona, são as principais prioridades da Novinveste para 2014, revela ao Expansão a directora de Coordenação e Gestão da empresa do Grupo BAI.
No ano novo, adianta Sofia Mourão, a promotora e gestora imobiliária está também de olhos postos em novas oportunidades, incluindo nas províncias. Nesta altura, explica a gestora, as Torres Dipanda, localizadas na Praça da Independência - que, recorde-se, venceram o prémio de Melhor Projecto de Arquitectura na Projekta 2013 - têm os escritórios quase todos vendidos ao Ministério das Finanças, assim como os espaços comerciais.
A empresa vai agora procurar acelerar a comercialização das habitações, dirigidas ao segmento alto e muito alto. Para já, estão vendidas apenas cinco habitações, em 42 disponíveis. "O preço unitário está em linha com o mercado, mas o facto de os apartamentos terem áreas muto elevadas faz aumentar o preço final", explica Sofia Mourão. Já no Atrium Independência, também em Luanda e igualmente concluído em 2013, a maior parte das habitações foi já absorvida, assim como a totalidade das quatro lojas de dois pisos e elevadas áreas.
Três delas, adianta, serão agências de instituições bancárias. A gestão e coordenação da Torre A do Empreendimento Comandante Gika, no bairro do Alvalade, em Luanda, é outros dos "desafios" das Novinveste em 2014, revela a directora.
A torre será a nova sede do BAI. Masuica quase pronto Entretanto, em Maio, deverá estar concluída a construção da primeira fase de outro projecto da empresa, o Masuika Office Park, em Talatona, incluindo escritórios e lojas. "Grande parte já está vendida", diz Sofia Mourão, que revela que os trabalhos da segunda fase - habitação - deverão arrancar no segundo semestre, prolongando-se por cerca de 18 meses.
Os preços das habitações do Masuica, explica, estarão virados "para um segmento de mercado médio alto e médio, que está a registar elevados crescimentos" em Angola. "Há alguma saturação nos segmentos muito alto e alto", admite a gestora, que não exclui a possibilidade de a Novinveste vir a lançar novos projectos mais vocacionados para o segmento médio.
A empresa detém actualmente 15 propriedades, incluindo alguns terrenos em Luanda, Lubango e Cabinda, e "está de olhos muitos atentos" a oportunidades que possam surgir nas províncias, ajustadas às realidades locais. "O mercado imobiliário nas províncias ainda não tem capacidade para projectos de grande dimensão", explica a responsável.
A prioridade será para projectos na área de escritórios associados, eventualmente, a habitações, em função também de parcerias que possam surgir. "Há cada vez mais a tendência de as empresas pedirem a construção de escritórios e habitações, próximas, para os colaboradores", afirma Sofia Mourão. Em 2012, a Novinveste, que está no mercado desde 2007, tinha activos sob gestão a rondar os 230 milhões de dólares.
De acordo com a responsável, o valor não variou significativamente em 2013. A Academia do BAI é outro dos projectos emblemáticos desenvolvido e gerido pela empresa.