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Alrosa e Rio Tinto apostam em Angola

Angola International Diamond Conference (AIDC)

Para Ken Tainton, director de exploração da Rio Tinto para África-Eurasia, Angola está entre os três melhores destinos para investir. O gigante da mineração russa Alrosa acrescenta que está em Angola para ficar

"Acreditamos no país e estamos aqui para ficar muitos anos", disse Alexander Gorlov, o director-geral da sucursal em Angola da Alrosa, à Lusa, em Saurino, na Lunda Sul, onde decorre a primeira grande conferência internacional sobre diamantes do país, a Angola International Diamond Conference (AIDC).

Para Ken Tainton, director de exploração da Rio Tinto para África-Eurasia, Angola está entre os três melhores destinos para investir. O gigante da mineração russa Alrosa acrescenta que está em Angola para ficar Presente na Catoca há anos - e recorde-se que o complexo mineiro da Catoca é o mais relevante do país, de onde sai, actualmente, mais de 80% da produção de diamantes de Angola - em parceria com a Endiama, o responsável da Alrosa em Angola garante que há investimentos em novas áreas e em novos depósitos potenciais de diamantes.

Entre os novos projecto está o kimberlito do Luaxe, localizado entre as províncias da Luanda Norte e Lunda Sul. Tem uma extensão de 1.195 quilómetros quadrados e está entregue à sociedade Mineira da Catoca, Endiama e Alrosa. Terá uma profundidade de 400 metros e 30 anos de tempo de vida útil, durante os quais pode vir a produzir 350 milhões de quilates, com uma produção máxima por ano de 8 milhões de quilates, de acordo dados divulgados pela Angop.

Para Gorlov, a presença no mercado angolano de outras grandes multinacionais como a Rio Tinto, é bem-vinda também porque pode dar grande impulso à produção diamantífera em Angola.

"Vemos os nosso colegas a trabalhar aqui e isso é positivo, é um bom sinal, significa que as empresas vêem aqui potencial, o investimento está a chegar", disse na referida entrevista à agência Lusa.

E o responsável pela mineração da Rio Tinto diz que Angola está entre os três melhores destinos a nível mundial para investir em diamantes e espera iniciar trabalhos exploratórios relativos à concessão Chiri, no início de 2022, na Lunda Norte, que a Rio Tinto vai explorar em parceria com a Endiama. O acordo foi assinado em Lisboa, no mês passado.

Ken Taiton disse, e também em entrevista à Lusa, que há uma combinação de factores que justificam o interesse dos investidores, entre eles, o facto de Angola ter uma indústria bem estabelecida e produzir diamantes há muito tempo, além do potencial de descobertas de novos depósitos, ainda que sejam projectos tecnicamente desafiantes.

Por agora, a aposta da Rio Tinto é mesmo no Chiri, que ainda estamos numa fase muito inicial da exploração, por isso, Taiton acrescentou que "por enquanto, queremos ter a certeza que conseguimos operar bem com os nossos parceiros e a melhor maneira de fazer isso é começar com um único projecto e a partir daí poderemos olhar para outras oportunidades"