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Empresas & Mercados

Dulceria Nacional investiu 45 milhões USD em Viana

PARCERIA ENTRE OS GRUPOS ARCOR E WEBCOR

A fábrica já está a produzir desde Março, mas a inauguração oficial será apenas no próximo dia 9 de Junho. A capacidade produtiva instalada/ano é de 7 mil toneladas de bolachas, 3.700 ton de chocolate e 5 mil ton de rebuçados. A distribuição é assegurada pelo grupo Angolissar.

O investimento nesta unidade fabril foi de 45 milhões USD, equivalente a 18 mil milhões Kz, no final de 2019 na Dulceria Nacional, fábrica de confeitaria localizada no Pólo Industrial de Viana. Agora, em 2022, arrancou com o objectivo de produzir bolachas e biscoitos, chocolate da marca "Bon o Bon" e rebuçados, com o objectivo de reduzir as importações destes produtos na região da África subsariana. O investimento resulta de uma parceira entre o grupo argentino Arcor e grupo de direito angolano Webcor, com a previsão de atingir 7 mil milhões Kz em vendas/ano destes produtos nesta primeira fase, e 15 mil milhões Kz quando a fábrica estiver a operar com a capacidade máxima instalada, fixada nas 7 mil toneladas de bolachas, 3.700 de chocolate e 5 mil de rebuçados.

A ideia fundamental é de reduzir a importação destes produtos do mercado sul-americano, particularmente a partir da Argentina, ou seja, é parte de uma estratégia do grupo latino em trazer uma fábrica em Angola para abastecer o mercado africano. É também a primeira fábrica do grupo Arcor fora da América Latina.

Este investimento conjunto vai permitir que as marcas que o grupo já comercializa na América Latina, Bon o Bon, Serranitas, Triunfo e Maná María passem a ser produzidas em Angola e, por outro lado, fazer com que os países da região olhem para um mercado mais próximo de importação destas marcas, permitindo assim reduzir os custos e os transtornos logísticos que as operações de descontinuidade geográfica impõem. Desde o início que este projecto industrial foi pensado numa perspectiva de implantação regional e não apenas na dimensão do mercado angolano.

Neste primeiro momento de produção, a aposta vai passar por vender no mercado interno e em 2024, altura em que a fábrica poderá atingir a capacidade máxima produtiva, exportar para os mercados vizinhos, nomeadamente Congo, República Democrática do Congo, Namíbia, Zâmbia, Botswana, Moçambique e África do Sul. A fábrica, conforme explica Fernando do Guisto, director-geral da empresa, importa matéria-prima específica da Argentina, sendo que a farinha e açúcar são produtos que a fábrica compra no mercado nacional.

Arranque e capacidade

Na primeira fase, iniciada no princípio de Março deste ano, arrancou com a produção estimada em 1.500 toneladas de chocolate "Bon o Bon". Em Abril começou a fase de teste das linhas de produção de bolachas, biscoitos e rebuçados e, de seguida, começou produzir. A perspectiva, neste primeiro ano é que de forma gradual, possa confeccionar perto de 3.500 toneladas de bolachas e biscoitos por ano e 2.500 toneladas de rebuçados.

Este ritmo de produção, se tudo correr bem, vai ser atingido até 9 de Junho deste ano, data prevista para a sua inauguração oficial. De acordo com Fernando do Guisto, as linhas de produção instalada têm a capacidade de produzir por ano 7 mil toneladas de bolachas e biscoitos e 5 mil toneladas de rebuçado. Esta capacidade de produção, como já foi referido, deverá ser atingida num prazo de dois anos.

A linha de produção de chocolate da marca Bon o Bon é capaz de produzir até 3.700 toneladas/ano, mas nesta altura está a produzir perto de 49 % da sua a capacidade total, sendo que os produtos já estão a ser vendidos no mercado nacional. Para cada tipo de produto uma linha de produção. No entanto, as linhas instaladas são adaptáveis a outros tipos de subprodutos do mesmo segmento.

Para se ter uma ideia a linha de biscoitos e bolachas pode produzir tanto as bolachas ou biscoitos doces e em vários formatos, do mesmo modo que pode produzir também bolachas de água e sal. As linhas também estão instaladas de modo a serem ampliadas, mas isso deverá acontecer num futuro ainda "incerto", pois dependerá da procura do mercado nacional e da região. Nesta altura, a fábrica conta com 100 trabalhadores. Sendo que apenas 8 são estrangeiros a tempo inteiro.