Petróleo recua para mínimos de Julho
As principais bolsas negociaram em alta, tanto na Europa como nos EUA, devido aos dados económicos que se apresentaram optimistas com a possibilidade de se manter o curso da política da Fed.
Os índices bolsistas valorizaram nas últimas sessões, sendo que na Europa, o Euro Stoxx, que inclui acções das 600 maiores empresas do continente, avançou mais de 2% nos últimos 7 dias até quarta- -feira. Durante a semana, foram divulgados alguns dados económicos, que ficaram acima das expectativas. A inflação homóloga da Zona Euro recuou para 2,9% em Outubro, em mínimos de dois anos. Na Alemanha, as novas encomendas à indústria transformadora do País apresentaram um ligeiro aumento em Outubro comparativamente ao mês anterior.
Entretanto, o índice PSI 20 de Portugal contrariou a tendência de subida generalizada nas bolsas da Europa, ao ter recuado ligeiramente, podendo reflectir efeitos da incerteza política no País, após a demissão do primeiro-ministro e detenção de membros do Governo.
Nos EUA, os índices cresceram em média 4,25%, com destaque para o tecnológico Nasdaq que valorizou 6,14%. Esta valorização ocorreu apesar de se terem levantado novos receios de um eventual endurecimento da política monetária da Reserva Federal (Fed) devido aos sinais de deterioração da robustez do mercado de trabalho, sendo que a taxa de desemprego subiu, em Setembro para os 3,9%, acima dos 3,8% registado no mês anterior.
No mercado cambial, o dólar apreciou depois de vários membros da Fed terem aberto a possibilidade de se efectuar novas subidas na taxa directora de juro. O dólar valorizou ligeiros 0,24% face à moeda única europeia para 0,9368 euros.
No mercado petrolífero, as cotações do crude recuaram mais de 4%, para mínimos de Julho deste ano. Em Londres o Brent recuou 4,24% para 81,04 dólares por barril, enquanto em Nova York o WTI desvalorizou 4,60% para 76,74 dólares por barril. Os investidores mostraram-se receosos quanto à procura da matéria-prima, depois que os dados das exportações do maior importador da matéria-prima, a China, referente ao mês de Outubro indicaram uma queda 6,4% face ao mesmo mês do ano passado. Os preços também foram prejudicados pelas projecções do Governo dos EUA sobre a procura por gasolina no País que deverá cair para mínimos de 20 anos no próximo ano, em termos per capita, devido à inflação dos preços nas bombas.
Por fim, importa referir que o FMI aprovou uma proposta de aumento de 50% dos recursos da quota de contribuição dos países-membros proporcional às suas actuais participações no Fundo.