Os preços do petróleo atingiram, nas últimas sessões, máximos de 10 meses nos principais mercados internacionais, com o West Texas Intermediate em Nova York, a avançar 1,78% para 89,16 dólares por barril, e o Brent em Londres a subir 2% para 92,39 dólares por barril, no final da sessão de quarta-feira.

Na base deste aumento de preços tem estado a decisão tanto da Rússia quanto da Arábia Saudita de implementar cortes unilaterais na exportação de petróleo, complementando os acordos já em vigor no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+).

Nesta semana, foi publicado o relatório da OPEP, referente ao mês de Agosto, destacando-se a queda mensal da produção da Arábia Saudita, na ordem dos 88 mil barris por dia, atingindo os 8,967 milhões de barris diários (bpd) em linha com os esforços do reino para suportar os preços do barril. Adicionalmente, a OPEP espera um défice de oferta no mercado petrolífero ao nível de 3 milhões de barris por dia, mantendo uma perspectiva forte para o crescimento da procura este ano, na ordem dos 2,4 milhões bpd.

Entretanto, a produção total do cartel aumentou em 113 mil bpd, com realce para o aumento da produção do Irão, que nas últimas semanas tem estado em negociação para suspensão das sanções a si impostas.

Além disso, a agência de energia norte-americana divulgou, esta semana, um relatório sobre os sectores energéticos mundial e dos Estados Unidos, tendo indicado um ligeiro aumento da procura mundial de petróleo, com uma subida de 50 mil barris por dia este ano.

No mercado accionista, os índices bolsistas da Europa e dos Estados Unidos apresentaram uma tendência mista. O mercado continua com alguma incerteza em relação às próximas reuniões de política monetária, agendas para esta semana, não obstante à inflação dos EUA ter ficado em linha com o esperado.

Por fim, importa referir que nesta semana foram os publicados os dados do PIB da Zona Euro que indicaram um ligeiro crescimento de 0,1% no segundo trimestre, abaixo das expectativas iniciais de 0,3%, devido à estagnação do consumo interno e à queda nas exportações. No contexto das commodities alimentares, a Rússia e a Turquia alcançaram um acordo preliminar sobre a exportação dos cereais esta semana, após o fim do acordo anterior. Já na China, os credores da imobiliária chinesa Country Garden, aprovaram um prolongamento do reembolso de seis das oito linhas de financiamento solicitadas pela empresa, o que poderá aliviar as incertezas neste sector.