"Se criássemos uma petrolífera dos países da CPLP seria uma das maiores empresas do mundo"
Depois de ter feito um roadshow pelos Estados Unidos, Europa e Ásia, Florentino Ferreira esteve em Angola para promover os 18 blocos petrolíferos em licitação em Timor Leste. Acredita que a transição energética traz desafios, mas também oportunidades. Defende que os países da CPLP deviam juntar forças e criar uma das maiores petrolíferas do mundo
Esteve em Angola para participar na conferência Luanda Oil and Gas e Renováveis. Que balanço faz da sua estadia em Angola?
É um grande privilégio para mim, especialmente porque é a minha primeira vez em Angola. E, provavelmente, a primeira vez que Timor Leste participa num evento do sector petrolífero no vosso País. O sector petrolífero de Timor surgiu em 2004, dois anos depois da independência. E por isso é fundamental colher a experiência dos países mais experientes, como Angola, que tem mais de 60 anos de sector petrolífero activo.
Está a promover blocos petrolíferos em licitação. Quantos blocos são e onde estão localizados?
Viemos a Angola na sequência de várias actividades para promoção de 18 blocos petrolíferos. Estivemos também nos Estados Unidos e no Médio Oriente, mais concretamente no Dubai, aproveitando a Expo no Dubai e o fórum de negócios que aconteceu há algumas semanas.
Porque vieram promover os blocos em Angola?
Quando soubemos que a PetroAngola estava a organizar uma conferência de petróleo em Angola, onde estiveram presentes os reguladores da CPLP, decidimos aproveitar também esta oportunidade. Nós também somos membros da CPLP. Acredito que partilhamos o mesmo background e há um tipo de legado ou laços de amizade entre Timor Leste e Angola.
Conseguiu atrair interesse de empresas angolanas?
Viemos aqui para participar e partilhar experiências com os profissionais da indústria petrolífera da CPLP, assim como de outros países do mundo, uma vez que em Angola já estão algumas das principais multinacionais de petróleo e gás do mundo. É nosso desejo não apenas colher a experiência de Angola como atrair investimentos de empresas internacionais. Viemos também para promover os blocos petrolíferos que temos e cuja licitação está em curso.
(Leia o artigo integral na edição 649 do Expansão, de sexta-feira, dia 05 de Novembro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)