Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

África

Banco Africano de Energia para arrancar já este ano

PARA FINANCIAR ENERGIAS FÓSSEIS NO CONTINENTE

O Banco Africano de Energia, uma organização que visa financiar projectos de petróleo e gás no continente, deverá iniciar operações já este ano, avança a agência Reuters, que cita o vice-presidente do Afreximbank, Denys Denya.

Este organismo, que resulta de uma parceria entre o Banco Africano de Importação-Exportação (Afreximbank) e a Organização Africana de Produtores de Petróleo (APPO) e que terá sede na Nigéria, deverá arrancar com uma capitalização de 5 mil milhões USD, oferecendo soluções de financiamento personalizadas para atender às necessidades energéticas da África.

"Definitivamente começaremos a negociar este ano. Esperamos poder começar a negociar antes do semestre", disse Denys Denya. O responsável acrescentou que o organismo está ainda na fase de captação de capital, e está em conversações com vá rios países para garantir o capital. Entre esses países, segundo avançou, estão a África do Sul e Angola, que já terão manifestado interesse em participar. O Banco Africano de Energia visa financiar projectos energéticos no continente africano, especialmente no sector de energias fósseis, tratando-se de uma resposta à mudança global do paradigma dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, em que grupos ligados à protecção do ambiente têm pressionado os principais bancos internacionais para que deixem de financiar projectos ligados ao petróleo e gás, devido ao aquecimento global.

Está previsto que cada país africano membro deva contribuir com um mínimo de 83 milhões USD para um total de 1,5 mil milhões USD, enquanto o Afreximbank e a APPO deverão igualar este montante. Os restantes 2 mil milhões de dólares deverão ser obtidos junto de outros investidores, incluindo fundos soberanos do Médio Oriente.

Actualmente, estima-se que a lacuna de financiamento de energia do continente esteja entre 31 mil milhões USD e 50 mil milhões numa altura em que a transição energética reduziu os financiamentos para projectos de combustíveis fósseis.

Ao mesmo tempo, apesar das promessas de receber milhares de milhões em financiamento climático do norte global, África (continente onde mais de 600 milhões de pessoas vivem sem acesso a electricidade) recebe menos de 3% do investimento global em energia.

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo