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África

Kabila fica com finanças e minas no governo de Tshisekedi

NOVO EXECUTIVO NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

Com dois terços dos membros do novo governo, o partido do ex-Presidente Kabila mantém grande influência na chefia do país, após as eleições que consagraram Félix Tshisekedi como Presidente. A mobilização de receita fora do sector mineiro e a estabilidade política são os principais desafios do novo executivo.

A República Democrática do Congo (RDC) tem um novo governo, conhecido sete meses depois da tomada de posse do novo Presidente, Félix Tshisekedi, com dois terços dos membros indicados pelo ex-Presidente, Joseph Kabila, impedido de concorrer a novo mandato, em Dezembro, após 18 anos no cargo.

A Frente Comum pelo Congo (FCC), coligação do ex-Presidente Kabila, tem 42 ministros dos 65 que compõem o novo governo, quase o dobro dos nomes indicados pela coligação de partidos, liderada pelo Presidente Tshisekedi, a União para a Democracia e Progresso Social.

A coligação de Kabila detém pastas centrais, como as Finanças, confiada ao ex-director geral dos impostos Sele Yalaghuli, a Mineração, entregue ao ex-ministro das minas no governo da província de Haunt Katanga, Willy Samsoni, e a Defesa, sob a tutela de Ngoy Mukena.

O Ministério do Interior e Segurança será dirigido por Gilbert Malaba, membro do partido de Tshisekedi, assim como o Orçamento, entregue a Jean-Baudouin Mayo Mambeke.

Além de ter maior representatividade no executivo e de manter grande influência sobre várias agências de segurança, a coligação de Kabila conquistou perto de 70% dos lugares na câmara baixa do parlamento e uma esmagadora maioria dos assentos da assembleia provincial, nas eleições gerais de 30 de Dezembro.

"Aparentemente, a FCC manterá o seu controlo porque controla muitos departamentos ministeriais", conclui Jonas Tshiombela, coordenador da Nova Sociedade Civil Congolesa, citado pela Reuters. Em Maio, já o ex-Presidente Kabila tinha conquistado um lugar importante na estrutura governativa, ao ver indicado para o cargo de primeiro-ministro Sylvestre Ilunga Ilukamba, um importante aliado seu.

Ilukamba era o anterior chefe da companhia ferroviária nacional e foi ministro das Finanças do ex-Presidente Mobutu Sese Seko, que morreu no exílio, depois de ser obrigado a abandonar o poder pelo pai de Joseph Kabila, Laurent-Désire Kabila, que lhe sucedeu no cargo. (...)


(Leia o artigo integral na edição 539 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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