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Mundo

Mercados pressionados pela recessão iminente

SEMANA DE 26 A 30 DE SETEMBRO

A OCDE piorou a sua previsão de crescimento económico global para 2,3%, abaixo dos 2,7% previstos anteriormente devido aos efeitos do conflito na Ucrânia e aumento dos preços da energia e dos alimentos.

As preocupações quanto ao crescimento económico no futuro continuam a abalar o sentimento dos investidores, à medida que são divulgados fracos dados do desempenho da economia global e previsões mais pessimistas quanto ao futuro. Na última semana, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou um relatório, denominado, Paying the Price of War, onde piorou a sua previsão de crescimento económico global para 2,3%, abaixo dos 2,7% previstos anteriormente. Segundo a OCDE, o conflito na Ucrânia deve continuar a afectar a economia mundial, em particular, os preços da energia e dos alimentos.

Quanto à inflação, a OCDE também subiu a sua previsão de inflação mundial para 8,2%, em 2022, e 6,6%, em 2023, numa semana em que os discursos dos responsáveis dos principais bancos centrais do mundo reforçam o esforço necessário para conter as pressões inflacionistas através de uma política monetária mais agressiva.

Nos EUA, a Fed sinalizou uma nova subida de 75 pontos base na próxima reunião a ocorrer em Novembro próximo. Na Europa, o governador do banco central da Lituânia, que é membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) afirmou que o BCE deverá aumentar, em Outubro, as taxas de juro em pelo menos 50 pontos base. Ainda esta semana, o Banco de Inglaterra subiu a sua taxa de juro de referência, em 50 pontos base, em linha com as expectativas do mercado, fixando-a em 2,25%.

Nos mercados financeiros, registaram-se quedas expressivas face à semana anterior. O segmento do petróleo renovou máximos de Janeiro deste ano, completando a mais longa sequência de perdas semanais este ano. O West Texas Intermediate perdeu 5,81% na semana para 78,25 dólares por barril, enquanto o Brent desvalorizou 4,25% para 86,32 dólares por barril.

No segmento accionista, os índices da Europa chegaram a atingir mínimos de Janeiro do ano passado. O índice que, na Europa, o índice de regência, Euro Stoxx 600, acumulou perdas de 5,52% para 381,16 pontos. A maior queda, entre os principais índices do continente, verificou-se no índice PSI 20 de Portugal, que deslizou cerca de 7,83%. Já na Bolsa de Nova Iorque, os índices recuaram em média 5,55%.

Por fim, importa salientar que o Banco Central do Japão decidiu intervir no mercado cambial, pela primeira vez desde 1998, depois do Iene, a moeda local, ter derrapado, na sequência do anúncio de que as taxas de juro do país se iam manter baixas. Após a intervenção, observou-se uma imediata valorização do Iene de cerca de 1,1%.