Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Opinião

As mulheres, o dinheiro e a literacia financeira

CONVIDADO

As empresas com lideranças femininas são mais rentáveis, tendo em conta a timidez, cautela e prudência.

Muito se tem falado sobre a igualdade de género, mais ideologicamente existe uma desvantagem das mulheres com o dinheiro. Vejamos que, nas actividades profissionais, as mulheres tendem a ganhar menos do que os homens, existem mais homens a exercer actividades de topo e mais mulheres com actividades precárias. Existem mais milionários do que milionárias. Nos divórcios/separações, elas são as que mais sofrem com a insuficiência financeira.

As mulheres chegam a um cargo de topo com maioríssimas dificuldades e, como se não bastasse, têm uma esperança de vida mais alta, ou seja, vivem mais, condicionadas por maiores dificuldades financeiras e por mais tempo. As mulheres não investem por falta de conhecimento em literacia financeira, os homens são mais ousados, as mulheres são indecisas em questões financeiras, no ramo da poupança e do investimento relativo às finanças pessoais.

Às vezes, para compreendermos a relação dos homens e das mulheres no que se refere à gestão financeira, é necessário perceber as mulheres e os seus desejos emocionais com dinheiro, pois são diferenciados, visto que as mulheres são menos confiantes e seguras no investimento. É necessário auxílio dos homens, pois as mulheres são mais avessas ao risco.

Existe um excesso de confiança dos homens nos investimentos, o que faz recuar a confiança das mulheres. Mentalmente, os homens são mais corajosos, são sempre quem dá o primeiro passo, mas não nos podemos esquecer que elas são mais cautelosas. É preciso entender que as empresas com lideranças femininas são mais rentáveis, tendo em conta a timidez, cautela e prudência necessária ao investimento.

As mulheres ganham menos do que os homens, mas são as gestoras da casa, dos filhos, das escolas e da família. São também mais solidárias e eficientes, são menos propensas a falências e mais conselheiras. São necessárias mais e melhores oportunidades para as mulheres, pois têm intuição e rigor na gestão financeira, aliada a uma literacia financeira. As mulheres são mais cuidadosas, com uma carga laboral acima do estabelecido no âmbito doméstico, laboral, familiar, organizacional e outras.

Estão inseridas num contexto social alargado e isso dá-lhes um impacto negativo ao investimento, levando-as a serem mais pobres. É necessário mais investimento e oportunidades, serem parte da solução, homens e mulheres a investir com igualdade, com partilha de recursos financeiros, educar as mulheres para serem líderes independentes financeiramente, pois informação é poder, assim poderemos ter mulheres financeiramente poderosas. É necessária maior imposição das mulheres, menos dependência, queixarem-se menos, investirem mais na formação, na poupança, no equilíbrio emocional e no progresso.

A educação financeira na mulher acaba por ser um elemento fundamental para a administração no lar que eleva a estabilidade social, pois a gestão paralela à doméstica e superfície de um fundo gerido por uma mulher, muita instabilidade actual a nível da gestão da coisa pública é reflexo de uma boa ou má gestão anterior feminina, objectiva a importância da conservação, igualdade e elevação da gestão financeira às mulheres.

Actualmente, a vulnerabilidade feminina está associada ao preconceito e masculinidade, na medida em que, por muito tempo, foi evidenciado falsamente que a gestão é sólida e forte quando entregue a um homem. Olhando na base, este homem foi criado, cuidado, e educado percentualmente por uma mulher. O censo populacional realizado em Angola indica um grau percentual feminino superior aos homens, logo a súplica constante na igualdade de género é crucial, pois permite oportunidades, de impacto positivo elevado na gestão financeira.

Desigualdade salarial

Os homens são mais tenebrosos quando o assunto é falar de dinheiro no lar. As mulheres tendem a ser mais realistas, embora em alguns casos consumistas (devido ao seu carácter de gestora e elegância). A desigualdade salarial verificada actualmente nos empregos, tendo ilustrado falsamente este aspecto de boa gestão financeira das mulheres, ou seja, as mulheres vivem e enquadram o seu estilo de vida em função da renda, muitas vezes estilos de vida abaixo do padrão para salvaguardar o futuro, isto fez aos olhos de terreiro uma péssima gestora, mas aos olhos das regras financeiras, uma boa gestora.

É leal e acolhedora quando as mulheres têm mais dinheiro que os homens, mais abusivo e eivado de arrogância e prepotência, quando verificado o inverso. Isto ilustra a boa relação existente entre as mulheres e o dinheiro, as roupas caras, luxo, viagens e outros em mulheres não descontinua a sua lealdade à boa gestão financeira, é parte integrante da característica feminina aliada ao meio envolvente, que nos indica que as mulheres são lindas por dentro e por fora, ela é progressiva pois consolida com a vaidade.

As mulheres são multiplicadoras de dinheiro, pelo seu dom e carácter natural de empreender, querem sempre o retorno, são cautelosas e correm menos riscos. Vejamos que boa parte dos pequenos empreendimentos são geridos por mulheres, a nível dos mercados formais e informais. São as mulheres que, dado ao seu profissionalismo, exercem actividades paralelas para obtenção de rendas extras. Elas nos seus investimentos têm sempre retornos acima dos desejados, em relação aos homens.

(Leia o artigo integral na edição 690 do Expansão, de sexta-feira, dia 2 de Setembrode 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)