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Opinião

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Editorial

Hoje não vou falar da campanha eleitoral. Tudo eleições, eleições e mais eleições. Nas rádios, nas televisões, nas redes sociais, particularmente, no emprego, na rua e um pouco também em casa.

Não vou falar desta enorme confusão dos líderes partidários que misturam recursos com riqueza, das promessas que se multiplicam a cada dia que passa, o salário para as mães, o salário mínimo acima dos 150 mil kwanzas, mesmo nos 500 mil, o Dubai na cidade de Moçamedes, a auto-estrada do Namibe até Cabinda, a água gratuita para todos, o fim da pobreza e do desemprego em três anos ou mesmo 20% do OGE para saúde e mais 20% para a educação, num País que gasta mais de 50% deste bolo para pagar a dívida externa.

Não vou falar de eleições! Não me interessa o discurso arrogante e muito pouco pedagógico e conciliador do presidente da CNE, ou mesmo a problemática do "votou, sentou" ou do "votou, bazou". Nem as promessas do vice-procurador da PGR, que vai prender quem desrespeitar as leis eleitorais, este desejo permanente de quem tem responsabilidades de garantir que tudo corra bem, estar a fazer perfeitamente o contrário, desafiando os ódios de quem se sente injustiçado, acendendo uma fogueira que devia estar apagada.

E porque assumi que não ia falar de eleições, também não vou trazer para este editorial as listas de votantes que deviam estar afixadas nas assembleias de votos, as explicações que ainda estão por dar pelo MAT relativamente aos milhares de "mortos" que ainda estão na base eleitoral, a enorme contradição de estar permanentemente a agitar a bandeira da fraude de um processo em que participa e em que é parte activa, tendo representantes em todas as instituições.

Ou mesmo esta coisa estranha, com a excepção do APN, de se centrar toda a campanha nos líderes, na sua imagem, aliás já conhecemos as respectivas famílias, a mobília da sala, os filhos, e algumas curiosidades da sua vida mundana. Ou seja, os partidos afinal não são as pessoas que estão engajadas na causa, são os líderes. Esta tendência da bajulação do chefe, do "todo poderoso" que sabe e decide tudo, afinal é transversal ao País e às organizações políticas.

Mas como vos tinha prometido não vou falar de eleições. Nem desta coisa de alguns dos famosos da cena política estarem estrategicamente desaparecidos, alguns mesmo despacharam as famílias para o estrangeiro e mal consigam uma abertura, também vão. Com a desculpa de um negócio ou uma reunião importante, e voltam depois em Setembro para cumprimentarem o vencedor e garantirem que estiveram sempre com ele.

Por isso, hoje vou falar-vos do meu Petro de Luanda que é um dos clubes que está na calha para participar na primeira Superliga africana de futebol, que em cinco anos passou do 70.º lugar do ranking CAF para o 15.º lugar. Peço desculpa, mas hoje a escrita é sobre futebol.