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Opinião

O impacto do Pacto Global nas empresas de Angola

CAPITAL HUMANO

Embora algumas empresas nacionais de referência já demonstrem preocupação com estas práticas, o compromisso geral, tanto do governo como das empresas, ainda é insuficiente. Dentro das empresas, a liderança de topo é fundamental para a implementação destas práticas.

Recentemente a empresa em que trabalho aderiu ao Pacto Global das Nações Unidas, posicionando-se como uma das pioneiras em Angola no comprometimento com as iniciativas e compromissos definidas por este importante pacto internacional. O Pacto Global da ONU funciona como um incentivo para que as empresas adoptem práticas nas áreas dos direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Em Angola, abraçar este compromisso representa, sem dúvida, um desafio gigantesco.

Do ponto de vista da liderança, tanto a nível empresarial como governamental, é evidente que há um longo caminho a percorrer em termos de práticas de sustentabilidade e responsabilidade social. O investimento do governo nestas áreas ainda é ínfimo (até porque outras preocupações sociais se apresentam como mais urgentes), tornando crucial o papel de líderes visionários nas empresas. Estes líderes devem não apenas compreender a importância destes temas, mas também integrá-los na estratégia das suas organizações.

Embora algumas empresas nacionais de referência já demonstrem preocupação com estas práticas, o compromisso geral, tanto do governo como das empresas, ainda é insuficiente. Dentro das empresas, a liderança de topo é fundamental para a implementação destas práticas. Os líderes devem ser os primeiros a adoptar e promover práticas de sustentabilidade e responsabilidade social, inspirando as suas equipas a seguir o exemplo. A responsabilidade começa no topo e deve ser disseminada por todos os níveis da organização. Quem disse que o chefe não pode ser também o campeão da reciclagem no escritório?

Para motivar as equipas, é essencial que toda a organização compreenda os benefícios destas práticas para o desenvolvimento dos negócios. Não se trata apenas de melhorar a reputação da empresa (embora isto seja um ponto positivo!), mas também de criar um ambiente de negócios mais ético e transparente. Atrair investidores e parceiros que valorizam estas práticas é fundamental para o sucesso a longo prazo.

Adoptar os princípios de sustentabilidade e responsabilidade social exige inovação e eficiência. Implementar tecnologias que reduzam o impacto ambiental ou promover a eficiência energética são apenas alguns exemplos. Além disso, garantir que as práticas laborais sejam justas e que todos os colaboradores sejam tratados com dignidade e respeito deve ser uma prioridade.

A adesão ao Pacto Global das Nações Unidas ou outro tipo de iniciativas que promovam a sustentabilidade e a responsabilidade social pode ser um primeiro passo para mudanças significativas, tanto dentro das empresas, como na sociedade em geral. Ao promover práticas de negócios éticas e sustentáveis, contribuímos para o desenvolvimento económico e social do país. Este compromisso cria um ambiente de negócios mais justo e equitativo, incentivando outras empresas a adoptarem práticas responsáveis. A liderança empresarial é fundamental neste processo, mas também precisamos de um maior envolvimento governamental para alcançar mudanças verdadeiramente significativas. Juntos, com determinação e esforço colectivo, podemos contribuir para um futuro mais sustentável e justo para todos.

A sustentabilidade e a responsabilidade social não são apenas uma moda passageira, mas sim a chave para um futuro melhor. Sejamos os líderes da mudança que Angola precisa!

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