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"Software Carnal, um mar de erotismo e devoção à mulher"

30 de Setembro

A mais recente obra do premiado escritor e activista da língua portuguesa José Luís Mendonça chega-nos no fim deste mês. A apresentação do livro vai ter lugar no Camões (Centro Cultural Português), em Luanda, pelas 17h00 do dia 30 de Setembro. A editora é a Kalunga.

E a partir de um post do Facebook na página de José Mendonça, eis o que temos de saber do autor de...

SOFTWARE CARNAL

Nova obra poética de José Luís Mendonça

É já neste fim do mês de Setembro, dia 30, às 17 horas, que a editora Kalunga apresenta, no Instituto Camões, em Luanda, a mais recente produção poética de José Luís Mendonça, uma das vozes mais inovadoras da poesia angolana deste século.

Um mar de erotismo e devoção à Mulher

Software Carnal, a mais recente produção poética de José Luís Mendonça, celebra a vertigem da Criação natural, cuja expressão mais acabada é a Mulher, "esse registo abobadado/ de trezentos milhões de anos de evolução", como se pode ler no poema que dá título ao livro.

É nesse registo abobadado que Eros faz morada. E é nele também que o poeta digitaliza os versos, com recurso ao software inamovível e desconhecido da origem da Vida. Esta incursão dialéctica na vertigem do estar neste mundo, que só se apazigua no andar a dois (macho-fêmea) resulta em versos fundados sobre a melodia das coisas mais simples da Terra, "uma vírgula, um caracol, uma côdea de pão seco/ bicado por três galinhas" (pág.17), porque é delas que, a final, se alimenta o espírito. É neste outro registo que o Sentimento faz morada.

Os 37 poemas de Software Carnal perfazem um hino à misteriosa e infinita expansão do Universo que aqui, neste lugar chamado Terra, se reedita no ventre expansivo em tempo de gravidez, nos olhos húmidos e luminosos da Mulher dotados da ciência maternal de ver e na sede dos dedos a tactear a liquidez das coisas que nos rodeiam.

Do autor

Poeta de profissão, jornalista por concessão e homem por distracção, José Luís Mendonça dirigiu durante sete anos o jornal CULTURA, quinzenário angolano de Artes & Letras. É professor de Língua Portuguesa e Noções de Direito.

Fez a sua aparição no mundo das Letras com um conjunto de poemas, "Chuva Novembrina", aos quais foi atribuído o Prémio Sagrada Esperança em 1981.

O autor nasceu a 24 de Novembro de 1955, no Golungo Alto, Angola, e publicou várias obras de poesia e prosa, sendo a mais recente o romance "Se os Ministros Morassem no Musseque" (2019).

No ano de 2015, foi-lhe outorgado o Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de Literatura.

Reparte a sua vida pública entre a oraliratura, o jornalismo, o ensino da língua portuguesa e o activismo cultural pelo fomento do livro e da leitura.