A ERES Relocation Services, especializada em gestão de mobilidade profissional, abriu um escritório em Luanda, para fazer face à forte procura de serviços de acompanhamento de expatriados em Angola.

Ao Expansão, Carmo Hatton, responsável pela operação no mercado angolano, revela que, desde há um ano, a ERES ajudou à integração de cerca de três dezenas de expatriados no País. E, face à elevada procura, a empresa, que opera nos mercados português, espanhol e em mais de 70 países, decidiu avançar para uma operação local.

Em Angola, diz, "não há nenhuma empresa a oferecer estes serviços, e o mercado está repleto de expatriados, portugueses e internacionais, com uma necessidade fortíssima deste serviço".

A ERES, que até aqui tem trabalhado com um assessor legal angolano, faz todo o acompanhamento de expatriados, o que inclui tratar de questões burocráticas, como vistos, e da instalação dos profissionais e famílias no país de acolhimento, procurando ainda habitação e escolas para filhos, quando existem.

De acordo com Carmo Hatton, a maior parte dos expatriados que a ERES tem ajudado a colocar em Angola são dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha e Espanha, para além de Portugal, país de onde "tem aumentado" o fluxo de profissionais.

Internacionalização mais bem-sucedida

A responsável acredita que a prazo, tendo em conta os esforços de angolanização de quadros, "possa haver uma estabilização na quantidade de expatriados a trabalhar no País". No entanto, é previsível que exista uma "renovação contínua" destes quadros estrangeiros.

Os serviços da ERES estão apoiados na Travel Store, uma agência de viagens especializada no segmento business que opera em Angola. A ERES conta, para já, com o apoio de 14 quadros da agência, dos quais apenas um é estrangeiro, e terá um colaborador angolano em full time e um consultor externo. O objectivo, diz a gestora, é "ir crescendo sempre com quadros angolanos".

A ERES tem concentrado a sua actividade em Portugal, Espanha e América do Sul e, segundo Carmo Hatton, "tem crescido cada vez mais a procura deste tipo de serviços, que permitem às empresas "aumentar o êxito da internacionalização".

David Rodrigues