Candidatos têm menos de 1% de hipóteses de comprar casa no Zango 5
A opção de compra em propriedade resolúvel é a que tem mais concorrentes para o sorteio das habitações do Zango 5. Comprar casa é muito dificil, já para arrendar as chances disparam: um em cada três candidatos vai conseguir alugar um apartamento T3 no Zango 5.
Cada apartamento do tipo T3 para venda em propriedade resolúvel na centralidade Zango 5 tem 761 candidatos que vão saber esta quinta-feira, dia 20, se serão os contemplados. As chances de cumprir o sonho de comprar casa são também inferiores a 1% em qualquer um dos restantes imóveis de venda resolúvel, de acordo com os cálculos do Expansão.
Os 115 apartamentos disponibilizados para venda livre têm 87.504 candidatos, fazendo desta categoria a mais solicitada entre os que pretendem ter casa própria. Aliás, a compra é a preferência entre os mais de 157 mil candidatos habilitados a ir a sorteio.
Para os interessados em adquirir vivenda neste regime resolúvel, a situação não difere muito. Ou seja, para a compra de uma vivenda T3 isolada concorrem 271 candidatos, já que existem apenas 146 unidades para 39.519 cidadãos, o que dá 0,4% de hipóteses de serem sorteados.
Já para compra a pronto pagamento, onde só existem 40 unidades, cada um dos 1.729 candidatos vê as suas hipóteses subirem ligeiramente para 2,3%.
Em situação melhor encontram- se aqueles que concorrem para o arrendamento urbano, novidade nos processos de comercialização das habitações do programa habitacional do Estado.
Do total das 2.390 unidades habitacionais sorteadas, entre vivendas e apartamentos disponíveis, 1.939 são para arrendamento. Aqui, os apartamentos T3 são os que tiveram maior solicitação, com 4.440 candidatos a "baterem-se" por 1.503 imóveis. Isto faz com que cada imóvel tenha três pessoas interessadas, colocando em 34% a possibilidade de cada um ver o seu número contemplado no sorteio. Nas vivendas geminadas as hipóteses caiem para 26% e nas isoladas para 12 %.
No processo de candidaturas que durou 10 dias concorreram 157.431 candidatos para 2.390 habitações, divididas entre 320 vivendas isoladas, 542 vivendas geminadas e 1.618 apartamentos.
Incertezas ainda dominam o sorteio
A realização do sorteio na quinta- feira, 20 de Fevereiro, tem como única certeza a incerteza, já que esta quarta-feira, dia 12, ainda eram desconhecidos do grande público os moldes em que irá decorrer o sorteio, que será supervisionado pelo Instituto de Supervisão de Jogos.
De acordo com o Secretário de Estado para a Habitação, decorrem ainda negociações para a definição final de como será a cerimónia. "O sorteio será um acto público, eventualmente poderá ser na TPA no programa Janela aberta. Existe também a hipótese de ser realizado num espaço público aberto", disse Joaquim Silvestre .
O responsável avançou que contam com o apoio do Instituto de Supervisão de Jogos, que se responsabilizará por escrutinar o sorteio. O director-geral desta Instituição tutelada pelo Ministério das Finanças, Tito Cambanje, garantiu ao Expansão que a sorte será definida pelo o "sistema de tômbola" onde estarão os números e as fichas que vão saindo para ver quem recebe a casa.
(Leia o artigo integral na edição 561 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)