A fiscalização da obra de construção e apetrechamento das oficinas da Unidade Múltipla Diesel (Comboio de várias unidades movido por motores a diesel) nas províncias de Luanda, Benguela e Huila vai custar ao Estado cerca de 1.920 milhões Kz. E será da responsabilidade da empresa Consultores Engenharia, LDA.

O Presidente da República autorizou, através do despacho presidencial nº179/21 de 27 de Outubro, a disponibilização de uma verba para prestação do serviço de fiscalização da obra de construção e apetrechamento das oficinas das Unidades Múltiplas Diesel com o objectivo de reduzir os problemas de transportes de pessoas e bens.

As obras das referidas oficinas foram autorizadas pelo Conselho de Ministros durante a aprovação financeira do quarto trimestre de 2014 altura em que Augusto Tomás ainda era ministro dos Transportes.

A primeira obra, iniciada em 2015 foi a da oficina do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), entregue às empresas Somague e Quantum com uma verba avaliada em 13,1 mil milhões Kz.

A obra está paralisada desde 2018 e segundo dados do Expansão faz parte dos três contratos públicos que "fugiram" à prévia autorização do Tribunal de Contas.

O referido despacho foi aprovado tendo em conta a necessidade de reforçar os meios de fiscalização para resolver os atrasos verificados na execução dos trabalhos, tendo em conta os ajustamentos nos projectos e a implementação de uma manutenção homogénea no Instituto Nacional dos Caminhos-de-Ferro de Angola.

Também será redimensionado o projecto da oficina de Catete do CFL, estação dos Musseques (Luanda), construção de naves e o apetrechamento das oficinas no Lobito e Lubango.

O Estado comprou no ano passado à China 10 locomotivas Unidade Múltipla Diesel por 1,2 mil milhões Kz. Luanda tem quatro das 10 locomotivas adquiridas.

A nova geração da Unidade Múltipla Diesel comporta três comboios automotores, que podem transportar até 700 passageiros por dia e um milhão e 670 mil passageiros durante o ano.