Inflação homóloga no País em 29,17% e em Luanda está nos 36,56%
Este diferencial tem vindo a baixar nos últimos quatro meses, com a inflação mensal em Luanda a cair significativamente, baixou de 3,45 p.p. em Fevereiro para apenas 1,44 p.p. em Outubro, abaixo já da média nacional. A entrada em vigor do salário mínimo não teve impacto no aumento de preços.
Desde Julho que a inflação homóloga nacional está a baixar, em consequência de os acréscimos mensais em 2024 serem desde essa altura menores do que os valores atingidos no mesmo período em 2023. Assim, de um máximo de 31,09% nesse mês, caiu em três meses 1,92 p.p, fixando-se agora nos 29,17%. Mantendo esta tendência de decréscimo, a inflação no final do ano estará entre os 27 e os 28%.
Se fizermos a mesma análise com os dados da província de Luanda, que muitos defendem que devem ser os valores utilizados quando falamos em inflação, nesta altura a variação homóloga situa-se em 36,56%, teve o seu máximo em Junho, 42,82%, caiu 6,26 p.p. nos últimos quatro meses e, a manter-se este ritmo, fechará o ano com um valor entre os 32 e os 34%.
Diga-se que tem havido uma aproximação entre os valores da inflação homóloga em Luanda e no resto do País nestes últimos quatro meses, era de 11,82 p.p. em Junho e em Outubro de apenas 7,39 p.p., o que pode reflectir também uma forma diferente de recolher e tratar os dados, e não apenas uma diminuição do ritmo de crescimento dos preços. Se tivermos em linha de conta os meios que o INE tem disponíveis, os factores de ponderação e a realidade do País, é de prever que a inflação de Luanda seja "construída" com maior rigor.
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