Preços nos armazéns grossistas a crescer acima da inflação com variação homóloga de 34%
O Índice de Preços Grossista (IPG) indica o que é o aumento dos preços no sector informal, pois é nestes armazéns que maioritariamente os vendedores informais se abastecem para fazerem os seus negócios.
O Índice de Preços Grossista (IPG) analisa fundamentalmente produtos alimentares e bebidas, ao que junta algumas categorias de produtos de higiene e limpeza. Os preços são recolhidos em armazéns, que vendem a grosso, normalmente os abastecedores do sector informal, pelo que este índice dá uma indicação da evolução dos preços no mercado informal.
Na recolha dos preços separa os produtos nacionais dos importados, sendo que os divide posteriormente em três categorias: A - agricultura, produção animal, caça e silvicultura; B - pesca; C - Indústria transformadora. Nos importados não considera as pescas, e assume que o peixe importado se resume apenas ao bacalhau seco.
Em termos globais, o IPG teve um aumento de 1,73% no mês de Outubro, menos 0,21% do que em Setembro, mas mais 0,98% do crescimento em Outubro de 2023. A variação homóloga (últimos 12 meses) situa-se agora nos 34,07%, 12,62% acima dos 21,45% que se registava há um ano. O ritmo de crescimento mensal dos preços no mercado grossista disparou em Julho do ano passado e até Setembro deste ano cresceu sempre acima dos 2%, tendo atingido os valores máximos em Março (3,00%) e Abril (3,02%).
A primeira conclusão a tirar é que o ritmo de crescimento dos preços dos produtos nacionais (2,57%) é superior aos produtos importados (1,42%), sendo que na variação homóloga a diferença é muito mais significativa, 32,13% dos nacionais contra os 24,79% dos importados.
Se olharmos para os produtos nacionais, o peixe lidera claramente os aumentos em Outubro, 3,07% contra os 2,56% da indústria transformadora e os 2,54% da agro-pecuária. Os maiores aumentos no peixe fresco foram o Cachucho (4,12%), Linguado (4,01%), Corvina (3,46%), Carapau (3,07%) e Garoupa (2,10%). Acrescentar que para o índice dos produtos nacionais, os produtos de pesca têm uma ponderação de apenas 4,6%, pelo que o impacto acaba por ser pequeno nos números globais.
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