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Economia

Paz na Ucrânia pressiona petróleo

SEMANA DE 19 A 26 DE NOVEMBRO

O preço do petróleo desvalorizou, reflectindo o avanço na negociação da paz na Ucrânia e expectativa de aumento de oferta. Mercado accionista valorizou beneficiando do aumento da probabilidade de corte nos juros pela Federal Reserve.

Na última semana, o preço do petróleo registou uma queda acumulada superior a 3%, influenciado sobretudo pelos avanços no acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia. O mercado interpreta a possível resolução do conflito como um sinal de aumento futuro da oferta de crude, à medida em que poderá conduzir ao levantamento das sanções impostas às empresas petrolíferas russas.

No final tarde de quarta-feira, o preço do Brent, referência para Angola, desvalorizava -- 3,84% para 62,45 dólares, enquanto o WTI cedia 4,53% para 57,94 dólares por barril. Este movimento negativo, observado recentemente nos preços, reforça a tendência de desvalorização que tem marcado o mês de Novembro.

A confirmar-se, o mês poderá encerrar com um saldo negativo, constituindo o quarto mês consecutivo de queda e o pior desempenho desde 2023. A continuidade da pressão sobre os preços reflecte, por um lado, o aumento expressivo da produção, com destaque para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) que tem vindo a repor a sua oferta, e, por outro, o crescimento dos stocks de petróleo a nível global, num contexto de desaceleração da actividade económica mundial.

No mercado accionista, os principais índices registaram ganhos ao longo da semana passada, impulsionados pelas perspectivas de paz na Ucrânia e pelo aumento das probabilidades da Reserva Federal (Fed) norte-americana voltar a cortar a sua taxa directora de juro em Dezembro, bem como, pela valorização das acções do sector tecnológico.

Nos EUA, o índice de referência S&P 500 ganhou 2,88% face à semana anterior, fixando-se em 6 705,12 pontos, enquanto na Europa, o Euro Stoxx 600 perdeu 1,91% para 572,82 pontos.

A probabilidade reforçada de corte de juros pela FED também influenciou o preço do ouro, que avançou em 2,19% na última semana, para 4 165,46 dólares por onça. Contribuiu igualmente para esta valorização um conjunto de dados que sinalizam desaceleração do consumo nos EUA em Setembro, em que as vendas a retalho cresceram apenas 0,2%, abaixo da expectativa de 0,4%, enquanto o índice de preços no produtor estabilizou em 2,7% em termos homólogos, a mesma variação registada em Agosto.

Por fim, no mercado cambial, o Índice Bloomberg Dollar Spot valorizou 0,09%, enquanto o par euro/dólar recuou 0,02%, para 1,16 dólares por euro, reflectindo a resiliência do dólar, apesar do aumento da probabilidade de flexibilização da política monetária norte-americana.

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