Petróleo continua a avançar mesmo com cessar-fogo em Gaza
Mesmo que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas tenha sido um "travão" nos ganhos do petróleo na sessão de ontem, os preços do crude continuam a subir à boleia da mais longa série de quedas dos stocks da matéria-prima nos EUA, atingindo o nível mais baixo desde Abril de 2022.
Os preços do petróleo continuam a subir nesta quinta-feira, um dia após atingirem máximas de vários meses devido às últimas sanções dos EUA à Rússia e a uma queda maior do que o previsto nos estoques de petróleo bruto dos EUA. Também as sanções que a administração de Joe Biden impôs ao mercado energético russo, no início da semana, continuam a sustentar os ganhos
Perto das 09H00 de Luanda, o contrato de março do Brent - de referência para as exportações angolanas - ganhava 0,23% para os 82,22 USD, depois de ontem ter chegado a subir 2,6%. Desde o início do ano, o Brent já ganhou 10%.
Já contrato de Fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA - somava 0,32% para os 80,30 USD por barril.
Os stocks de petróleo bruto dos EUA caíram na semana passada para o nível mais baixo desde Abril de 2022, com o aumento das exportações e a queda das importações, informou a Energy Information Administration (EIA) na quarta-feira. A queda de 2 milhões de barris foi maior do que a queda de 992.000 barris esperada pelos analistas numa pesquisa da Reuters.
A queda somou-se a uma perspectiva de oferta global mais apertada depois que os EUA impuseram sanções mais amplas aos produtores de petróleo e petroleiros russos. As sanções fizeram com que os principais clientes de Moscovo vasculhassem o globo em busca de barris de reposição, enquanto as taxas de embarque também aumentaram.