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Economia

Preço do crude desce quase 4% por barril

SEMANA DE 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO

Previsão de excesso de oferta pela AIE pressiona petróleo. Bolsas oscilam com tensões geopolíticas em França e nova guerra de tarifas entre os EUA e a China. Estados Unidos impôs novas restrições à China e mereceu resposta do governo chinês.

O início desta semana foi marcado por uma queda acentuada (superior a 3% face à semana anterior), nos preços do petróleo. A pressão sobre as cotações do crude foi, de um lado, alimentada pela previsão da Agência Internacional de Energia (AIE), que alertou para um possível excesso de oferta em 2025, com mais de um milhão de barris adicionais por dia, o que representaria cerca de 1% da produção global.

Por outro lado, a diminuição das preocupações geopolíticas também contribuiu para a queda dos preços. A implementação de um acordo de cessar-fogo entre Israel, Líbano e o Hamas, juntamente com a notícia de que o fornecimento global de petróleo não foi significativamente afectado pelo conflito no Oriente Médio, ajudou a reduzir os receios de escassez de oferta.

Como resultado, o barril do WTI dos EUA registou uma queda de 3,93%, sendo cotado a 68,44 USD por barril, enquanto o Brent, referência no Reino Unido, recuou 3,92% para 72,21 USD por barril. A descida dos preços foi, entretanto, atenuada pela possibilidade da OPEP+ voltar a adiar, na reunião desta quinta-feira, o aumento da produção até ao final do primeiro trimestre de 2025, ao contrário de Janeiro como anteriormente indicado. Nas bolsas, os índices dos principais mercados oscilaram entre ganhos e perdas.

Nos EUA, o Dow Jones e o NYSE registaram desvalorizações de 0,28% e 0,15%, respectivamente. Já na Europa, apesar da crise política há seis meses em França, uma das maiores economias da região, o índice de referência Euro Stoxx 600 mostrou resiliência, avançando 0,50%, para 512,79 pontos. Esse desempenho foi impulsionado pela notícia de que as novas restrições dos Estados Unidos à China no acesso a "chips" e componentes de inteligência artificial foram menos punitivas do que o esperado. Os índices asiáticos, por sua vez, subiram com destaque para o Topix no Japão, que valorizou 1,13%, e o Shanghai All Share, que subiu 1,13%.

Além disso, os investidores avaliavam os possíveis impactos das novas medidas do Governo chinês desta terça-feira, que impôs restrições às exportações de metais essenciais para os EUA, como gálio, germânio e antimónio, com "dupla utilização civil e militar", além de endurecer as regras para a exportação de grafite. Esta medida ocorre após os Estados Unidos anunciarem novas restrições tecnológicas à China, que pode limitar a capacidade de o país desenvolver semicondutores avançados.

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