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Economia

Blocos 17/06 e 17 partilham instalações para "viabilizar" produção no Begónia

PETRÓLEO

A medida faz parte da estratégia da ANPG para que operadores de blocos vizinhos partilhem meios para reduzir o custo de produção. O Begónia trará nova produção: cerca de 30.000 barris de petróleo por dia em 2026/27.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) autorizou a partilha das instalações do Bloco 17 para a produção de petróleo na área de desenvolvimento Begónia, afecta ao bloco 17/06, ambos operados pela multinacional francesa TotalEnergies. "O Begónia trará nova produção: cerca de 30.000 barris de petróleo por dia em plateau em 2026/27" explicou ao Expansão a concessionária dos direitos de exploração e produção de petróleo e gás no País.

A agência liderada por Paulino Jerónimo esclarece que na base da decisão está a necessidade de optimização da capacidade instalada na vizinhança do bloco em desenvolvimento (Bloco 17/06), do bloco em produção (Bloco 17) e, consequentemente, na redução de custos capitalizáveis (estruturantes) e operacionais (produção) sendo, neste caso, atribuído às sinergias. A medida publicada no decreto executivo n.º228/22 de 8 de Junho faz parte do plano estratégico para desenvolvimento conjunto ou partilha de instalações ali onde for oportuno e viável, tendo em vista a redução dos custos operacionais e de produção de petróleo em Angola.

Como consequência da medida, o grupo empreiteiro do Bloco 17/06 pagará um fee (taxa) pela utilização das instalações e serviços de produção instalados no Bloco 17, sem prejuízo para nenhuma das partes. A ANPG anunciou também as três medidas em curso e por implementar tendo em vista a redução do custo de produção.

Em primeiro lugar, a redução de custos por aumento da eficiência dos sistemas de processamento da produção e de sondagem, com a redução de paragens não programadas a alta prioridade. Em segundo lugar, a intervenção e condicionamento de poços existentes, utilizando meios de intervenção ligeira ao invés de sondas de perfuração. Finalmente, a ANPG pretende continuar a aumentar a capacidade de organização e competência das equipas das operadoras e das companhias de serviços e contratadas.

A directora-geral da Equinor em Angola revelou, em entrevista ao Expansão, que a partilha de meios entre operadores é uma das várias medidas que podem ajudar a reduzir os custos de produção de petróleo em Angola.

O Bloco 17 é o principal bloco em produção e o que mais exporta em Angola, sendo responsável por 30% da produção petrolífera. O grupo empreiteiro do bloco 17 tem a seguinte constituição: a TotalEnergies é o operador, com uma participação de 33%, enquanto a multinacional dos EUA, Exxon Mobil, através da sua subsidiaria Esso, possui 19%. A BP detém 15,85% e a norueguesa Equinor Angola 12%, entre outros parceiros.

Já o grupo empreiteiro do Bloco 17/06 é constituído pela TotalEnergies (operador), Sinopec, Sonangol Pesquisa e Produção, Somoil, Falcon Oil, ACREP e a Partex Angola.

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