Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Economia

"O Onshore da Bacia do Kwanza continua virgem"

Eng. Armindo Costa

O engenheiro geofísico Armindo Costa realça o facto de a produção na bacia do Kwanza estar muito longe do potencial que muitos acreditam ter.

As licitações no onshore aumentaram o número de blocos em exploração na Bacia do Kwanza para 9. Mas porque é que hoje não temos produção na bacia do Kwanza?

A Bacia do Kwanza [já teve produção no onshore desde a primeira descoberta pela Petrofina em 1995] a nível do offshore continua virgem, mesmo após as campanhas [de exploração] já realizadas. Temos que considerar que o sistema petrolífero nessa bacia funciona e temos que saber investigar para tirarmos conclusões.

O que o leva a acreditar que há mais petróleo no Kwanza?

Temos nessa bacia a presença de uma rocha geradora matura e com quantidades de matéria orgânica que tenha produzido grandes quantidades de hidrocarbonetos. Só que pela campanha de perfuração não foram encontradas essas reservas a não ser no bloco 20,21,23 e 25. Este potencial de hidrocarbonetos tem de estar em qualquer sítio na bacia e temos que o achar. Se não estiver no offshore terá de estar na zona de transição ou no onshore. O potencial é grande.

Porque é que se demora tanto tempo para se por a produzir?

Depois das aprovações e contratações para as diferentes companhias de serviço, como a prestadora da plataforma de perfuração, que por vezes não existem disponíveis, há outros equipamentos cujos lead times atrasam e podem comprometer os cronogramas. O mais importante é que os timings de aprovação sejam cumpridos e até reduzidos para que as campanhas ocorram sem demora e para isso é necessário um esforço de todas as partes envolvidas ou seja por parte da concessionária e as associadas no grupo empreiteiro.