Ministra das Finanças desafia as seguradoras, pede inovação e respostas mais rápidas em caso de acidente
Vera Daves de Sousa desafiou as seguradoras a correrem riscos e sobretudo a inovar, porque, e ainda que novas tecnologias aportem uma análise contínua de benefícios versus riscos a eles associados, a ministra das Finanças acredita que "existem mais benefícios do que riscos na utilização da tecnologia para o incremento da taxa de penetração do seguro na economia nacional".
Na abertura do VI Fórum do Expansão, que decorre sob o tema "Inverter a Baixa Penetração dos Seguros no Mercado Angolano" a governante explicou que é possível melhorar a taxa de penetração do seguro na economia nacional quando as seguradoras apresentarem produtos inovadores, capazes de satisfazer todas as franjas da população.
Vera Daves de Sousa desafia as seguradoras a serem mais actuantes e a melhorarem os níveis de solvabilidade para que consigam dar resposta atempada e satisfatória quando ocorre um sinistro.
"O objectivo é perseguir e atingir o desiderato de termos em Angola um sector segurador mais forte, sustentado, dinâmico e vibrante. Para uma parcela da população, é muito mais cómodo correr riscos do que contratar um seguro, principalmente por causa da enorme burocracia que, inevitavelmente, também aumenta os custos de aquisição de serviços", afirmou a ministra das Finanças no seu discurso de abertura do VI Fórum Seguros Expansão.
A ministra das Finanças partilhou, e pelo segundo ano consecutivo, que pelas razões que todos conhecem, decorrentes da Covid-19, este evento realiza-se num formato misto, presencial e virtual. "Apesar disso acreditamos que partilhar ideias, reforçando a cooperação entre o regulador e todos players do mercado, é, de facto, o caminho para que juntos possamos debater as estratégias e acções concentradas para o incremento da penetração od sector segurador da nossa economia", afirmou.
A ministra das Finanças explicou que todos são chamados a contribuir de forma positiva para que o sector segurador angolano possa atingir a médio prazo, no mínimo, uma penetração de cerca de 3%, para estar equiparado com a maioria dos países da SADC, sendo o caso sul-africano uma excepção, com taxas muito superiores a 10%.
A titular das Finanças destacou, e apesar da crise económica mundial agravada pela pandemia da Covid-19, é possível fazer-se muito mais, e melhor, para o alcance dos anseios de todos os participantes neste importante mercado.
A pandemia, que flagela o mundo pelo segundo ano consecutivo, desafia que todos tenham de se reinventar, tirando o máximo proveito da tecnologia existente para fazer chegar a informação sobre os produtos e serviços disponibilizado pelas seguradoras, e, ainda, garantir uma gestão eficiente e segura da subscrição das apólices de seguros, bem como a regularização de sinistros.
"O foco não deve ser centrado na tecnologia em si, mas claramente sobre até que ponto a tecnologia ajudar as seguradoras a garantirem um ambiente mais flexível, eficiente e um processo de gestão operacional mais eficaz".
Vera Daves de Sousa aproveitou também para sublinhar que é importante reconhecer que as novas tecnologias implicam uma análise contínua de benefícios versus riscos a eles associados para a indústria seguradora.
"Acredito que existem mais benefícios do que riscos na utilização da tecnologia para o incremento da taxa de penetração do seguro na economia nacional", partilhou Vera Daves de Sousa.
"Não há dúvida de que vivemos sobre forte pressão devido à crise económica que o mundo atravessa e Angola não está imune a esta situação. Devemos adaptar-nos e levar em consideração que a tecnologia é um dos meios pelos quais as seguradoras podem, de facto, apresentar alguma inovação", desafiou a ministra das Finanças.