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Empresas & Mercados

Participação dos mediadores sobe 24% para 112.134 milhões Kz

IMPORTÂNCIA CONTINUA A CRESCER

Com o aumento da participação dos mediadores nas vendas do sector, pode dizer-se que o negócio de seguros está a mudar no nosso País.

Os mediadores colectivos que operam no mercado contribuíram com 24% para 112.134 milhões Kz do total dos prémios arrecadados pelas seguradoras (473.729 milhões Kz), no exercício referente a 2024.

Este resultado demonstra que a presença dos mediadores tem estado a crescer. Se recuarmos a 2021 contribuíram com apenas 8%, em 2022 cerca de 12%, em 2023 baixaram para os 7,88% e agora em 2024, cresceram para 24%. Significa isto que a forma de fazer o negócio está a mudar.

Tiveram mais prémios com a intervenção da mediação nos seguros dos ramos doença onde conseguiram 51.313 milhões Kz, representando um crescimento de 30% e um peso do mercado de 45%, seguido do ramo acidente (15.314 milhões Kz) e automóveis (8.840 milhões Kz), Quanto às comissões de seguro directo, cresceram 96,47% para 9.679 milhões Kz face aos 4.925 milhões Kz obtidos em 2023.

Os mediadores acreditam que a sua intervenção tem potencialidade de crescer muito mais, mas as condicionantes que ainda existem no mercado impedem que este valor tenha maior expressão. "Noutros países, por exemplo, não existe subscrição de subscrição de seguros sem a presença de um mediador, mas nós ainda nos debatemos com esta realidade e vai servindo de condicionante", diz Pedro Filipe, corrector de seguros.

Acrescenta ainda que existem ainda problemas de conduta no mercado, porque persiste da parte dos profissionais com poder de decisão dentro das seguradoras, a entrega de alguns negócios aos familiares, que na prática resulta no direccionamento das comissões para entidades em que acabam por ser também benefeciários.

Já Maria da Conceição, mediadora particular, espera que o regulador aprimore cada vez mais os mecanismos de controle dentro do sector para que esta actividade possa ser essencial para o crescimento das vendas de seguros no País.

"O regulador tem aprovado vários regulamentos, até na obrigatoriedade dos capitais mínimos, e por isso esperamos que traga mais controle e que os negócios sejam feitos à "luz do dia"", conta a mediadora, reiterando que a proposta do capital social mínimo vai afastar muitos correctores do sector e que deve ser bem analisado. Este clima de suspeição não beneficia a actividade e desenvolve uma desconfiança que pode contaminar o mercado.

Recorde-se que a norma regulamentar propõe que os agentes de seguros (empresas) devem dispor de um capital social mínimo no valor de 20 milhões Kz, o mediador de seguros a título acessório cinco milhões Kz, corrector de seguros 40 milhões Kz e o mediador de resseguros 200 milhões Kz.

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