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BCE admite cortar juros em Junho

SEMANA DE 10 A 15 DE MAIO

As actas da última reunião do Banco Central Europeu reduzem as incertezas sobre os "timings" em que se começam a cortar os juros, mas não descarta a avaliação de possíveis novos riscos à inflação.

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou, esta semana, as actas da sua última reunião de política monetária, realizada em Abril. O ponto mais importante destas actas agora divulgadas é a indicação de que o Conselho do BCE tenciona iniciar os cortes de juros na próxima reunião a ser realizada em Junho próximo. Esta postura dos membros do Conselho do BCE reduz as incertezas sobre os timings em que se começam a cortar os juros, mas sugere que as acções posteriores estarão sujeitas à avaliação de possíveis novos riscos à inflação.

Recorde-se que, na reunião de Abril, o BCE decidiu manter, pela quinta vez consecutiva, as taxas de juro directora em 4,5%, a facilidade de crédito em 4,75% e a facilidade de depósitos em 4%, não obstante a inflação na Zona estar a descer. Em Abril, a inflação core, medida de acompanhamento do BCE e que exclui os preços da energia e dos alimentos, encontra-se no seu menor valor desde Julho de 2023, em 2,7%.

A clareza na comunicação do BCE ao mercado sobre o início de corte de juros pode ter influenciado os mercados. Adicionalmente, nos EUA foi publicada a inflação de Abril, que recuou para 3,4%, interrompendo um ciclo de dois meses de subida. Também, a inflação core recuou de 3,8% para 3,6%, reforçando o optimismo sobre a flexibilização da política monetária americana em breve.

Esta semana, o Euro Stoxx 600, índice de referência para a Europa, valorizava quase 2% face à semana anterior. Adicionalmente, a valorização dos índices bolsistas continuou a reflectir o desempenho positivo das contas trimestrais de várias empresas cotadas. Nos EUA, a subida das bolsas foi mais contida, tendo o índice S&P 500 valorizado 2%.

Na bolsa chinesa, o índice de Shangai perdeu perto de 1%, numa semana em que foram divulgadas notícias, segundo as quais os EUA preparam um aumento de tarifas à importação de produtos de energia limpa chinesa, em especial veículos eléctricos, de 25% para 100%. As perdas foram atenuadas pelo anúncio do Governo chinês sobre a emissão, pela primeira vez, de obrigações do Tesouro a 20, 30 e 50 anos, avaliados em cerca de 140 mil milhões de dólares para estimular a economia.

No mercado petrolífero, o preço do barril do Brent desvalorizava 0,69% para 82,42 dólares na quarta-feira, o mesmo dia em que a Agência Internacional de Energia reviu em baixa a previsão de procura para este ano em 1,1 milhões de barris diários.

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