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Empresas & Mercados

Das 16 concorrentes à exploração das Bacias do Congo e Kwanza, 13 são nacionais

Valor global das propostas soma mais de mil milhões USD

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) conseguiu, com o concurso internacional de licitação de nove blocos das bacias terrestres do Baixo Congo e Kwanza, atingir um dos objectivos a que se tinha proposto, que era o de atrair novos players a Angola, no ramo petrolífero.

De um total de 16 empresas que se apresentaram a concurso, com propostas que somam mais de mil milhões USD, 13 são angolanas e 3 são internacionais, entre as quais a MTI Energy, do Canadá, que apresentou propostas para oito blocos.

De acordo com notícia da Lusa prevê-se que dentro de dois meses sejam revelados os resultados do concurso para os nove blocos, sendo três na Bacia terrestre do Baixo Congo (CON1, CON5 e CoN6) e seis na Bacia do Baixo Kwanza (KON5, KON6, KON8, KON9, KON17 e KON20), sendo que o que mais propostas recebeu foi o Bloco Congo 6, com nove propostas.

O director de Negociações da concessionária ANPG, Hermenegildo Buila, destaca do procedimento a participação maciça de empresas nacionais e a entrada no sector petrolífero angolano de pequenas e médias empresas, cujo programa de concurso era à medida destas, razão com a qual sustenta o facto de grandes operadoras já instaladas no mercado petrolífero angolano, nomeadamente ENI, Total, BP, não terem acorrido ao concurso, também por estarem mais vocacionadas para grandes projectos de 'offshore' para blocos marítimos.

Entre as nacionais destaca-se a Somoil e a petrolífera estatal Sonangol Pesquisa e Produção, com uma proposta para o Bloco KON 5, com uma participação de 20% como não operador e uma contribuição anual de 2,5 milhões USD para projectos sociais e outro tanto para projectos de proteção ambiental.

O responsável, também presidente da mesa do júri do concurso, salientou que uma das três empresas internacionais participantes é a MTI Energy, do Canadá, que apresentou propostas para oito blocos (CON5, CON6, KON5, KON6, KON8, KON9, KON18 e KON20, em todos como operadora, e participações de 50% e 60%, com contribuições anuais de dois milhões USD para projectos sociais e igual valor para projectos de protecção ambiental.

Hermenegildo Buila acrescentou que "a MTI Energy é uma empresa canadiana, com elevada capacidade técnica e financeira reconhecida internacionalmente, que manifestou interesse em participar nestas licitações, com propostas muito agressivas, esperamos que ela efectivamente entre para o sector petrolífero angolano, tornando-se futuramente um novo grande player na exploração e produção angolano".

A maior parte das concorrentes angolanas apresentaram propostas de participação como não operadoras, condição que Buila não associa à falta de capacidade financeira.

Já sobre a participação da Sonangol, como não operadora, o responsável salientou que é uma estratégia da empresa.

Hermenegildo Buila explica que essas empresas associaram-se a outras empresas internacionais com capacidade técnica e financeira para trabalhar, contando que no próximo concurso de licitações já possam participar mais empresas nacionais como novas operadoras.

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