"Humbo Expresso" é uma viagem empresarial que cruza os caminhos de António Mosquito e Minoru Dondo
Os empresários e banqueiros António Mosquito e Minoru Dondo alargaram ainda mais os seus negócios no sector dos transportes rodoviários interprovinciais, com a criação da empresa "Huambo Expresso", num investimento de mais de dois mil milhões de kwanzas
A mais nova operadora de transportes rodoviários, com sede na província do Huambo, conta com 15 autocarros da marca chinesa Yutong, com capacidade para transportar 48 passageiros cada, sendo que numa primeira fase vai ligar o planalto central as cidades na região centro-sul e a província de Luanda.
O director-geral da empresa, Fabrício Herbstrith, disse ao Expansão que a empresa tem sete terminais de embarque e desembarque de passageiros nas nas províncias do Huambo, Luanda, Benguela, Huíla (Lubango), Bié (Cuito) e Cuanza Sul (Sumbe e Quibala). "A nossa pretensão é alargar o serviço para a região norte no segundo semestre de 2022", avançou o responsável.
Apesar de inaugurarem as bases na semana passada, o serviço comercial só entra em funcionamento hoje, quinta-feira, dia 9, sendo que os passageiros na província de Luanda, poderão adquirir os bilhetes de passagem no terminal interprovincial, na zona do Gamek, Avenida 21 de Janeiro.
Fabrício Herbstrith explicou que o preço do bilhete de passagem para a rota Huambo/Luanda custa 14.000 Kz. De Luanda/Benguela o valor do bilhete é 12.900 Kz, sendo que para Huambo/Lubango custa 13.200 Kz. "Nos próximos sete dias vamos praticar preços promocionais. Ou seja, para estas rotas, os passageiros vão pagar apenas 10.000 Kz, que se configuram como os preços mais baixos do mercado, em relação aos praticados pelas outras empresas do sector.
Para as rotas Cuito/Luanda o bilhete custa 16.900 Kz, Cuito/Lubango 17.000 Kz, sendo que com os preços promocionais os passageiros vão desembolsar, apenas 13.000 Kz. "Já o preço do bilhete de passagem na rota Luanda/Sumbe custa 8.200 Kz. Com o preço promocional o passageiro paga 6.000 Kz. Na próxima semana vamos implementar a rota Luanda/Lubango", partilhou o responsável.
Criada em Agosto do ano passado, pelos empresários ligados a vários ramos da economia como a banca, transportes, prestação de serviços, petróleos, construção civil, entre outros, a empresa conta com 148 funcionários.
António Mosquito é detentor de um universo de empresas, tem negócios ligados aos sectores dos petróleos - integra a estrutura accionista da Falcon Oil, mineiro em particular os diamantes, através da sociedade KSM-Kassypai Sociedade Mineira, construção civil tendo, também, ligações à Odebrecht e Teixeira Duarte.
Mosquito é também proprietário da empresa Bacatral - Sociedade de Transportes, Controlinveste, Unicâmbio, BMF, bem como detém acções no Banco Caixa Geral de Angola (BCGA) com 12%, no Banco Sol onde é detentor de 6,33% das acções, ocupando uma posição minoritária de 1,82% do Banco Comercial de Angola (BCA).
Já o empresário brasileiro-angolano, de origem japonesa, Minoru Dondo, é, também, detentor de um império empresarial liga a vários sectores a Neofarma, é também é um dos donos do Belas Shopping, Macon, no sector mineiro, através da Sociedade de Mineração de Buco Zau e Lufo, bem como no ramo da agricultura.
Dondo tem também participações na Midras, é accionista dos bancos BIR onde detém 7,40%, BCH com 20% e no BNI aparece com 6,76%. Tem ainda participação indirecta na Angoaustral e na Viação Cidrália.
São mais de 20 as empresas controladas Minoru Dondo.